Eduardo Pimentel e Paulo Martins serão candidatos a prefeito e vice-prefeito de Curitiba.| Foto: Divulgação
Ouça este conteúdo

Eduardo Pimentel (PSD) foi confirmado neste sábado (3) como candidato a prefeito de Curitiba nas eleições de 2024. Ao lado do governador do Paraná Ratinho Junior (PSD), do prefeito Rafael Greca (PSD), ele selou a candidatura a vice de Paulo Martins (PL) na composição de chapa que ainda tem Podemos, Republicanos, Novo, MDB e Avante.

CARREGANDO :)

A presença de Paulo Martins na chapa foi uma vitória do governador, que trabalhou nos bastidores nas últimas semanas para atrair o PL e, consequentemente, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foi preciso ajustar algumas diferenças entre Greca e Martins para garantir o PL na composição e a certeza de que o atual prefeito entrará de vez na campanha que começa oficialmente em 16 de agosto. O PL chegou a cogitar uma candidatura própria, tanto que o PSD tentou demover o deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil) da candidatura, oferecendo a vaga de vice - Leprevost não aceitou e seguiu com chapa pura do União com Rosangela Moro (União Brasil) de candidata a vice.

"Eu e o prefeito Rafael Greca tivemos o cuidado de escolher uma dupla que pudesse dar esse encaminhamento de cuidado para a cidade de Curitiba. A nossa escolha com Eduardo Pimentel e Paulo Martins é porque queremos que essa nova safra da política de Curitiba e do Paraná possa cuidar do futuro da cidade", falou o governador Ratinho Junior.

Publicidade

"A vinda do PL é muito importante pela força que representa. E o Paulo Martins é um homem de posições claras a favor da cidade de Curitiba. Não tenho dúvida que seu preparo e conhecimento vai agregar muito na nossa campanha", acrescentou Pimentel.

Paulo Martins quase desembarcou da composição de Eduardo Pimentel após críticas de Greca sobre a atuação do governo Bolsonaro na pandemia da Covid-19. Durante homenagem ao ex-governador de São Paulo João Dória na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), no início de julho, o prefeito disse que Dória foi contra as "trevas do mal e da morte que desvalorizaram a vida" e de quem "qualificou [a doença] como gripezinha". A crítica ao ex-presidente Bolsonaro não foi bem vista no PL, que quase rompeu com a campanha do PSD.

Na convenção do PSD, falou do desafio de ser candidato a vice e comentou que as diferenças de pensamentos não podem estar acima de um projeto pela cidade. "O ex-presidente está participando dessa grande aliança, uma aliança por Curitiba. Todo mundo aqui tem sua postura e seus princípios, mas todo mundo se respeita e é tudo muito convergente. E no final quem vai ganhar é a nossa cidade", declarou.

Em entrevista coletiva, Greca evitou falar sobre a presença do PL na composição e preferiu elogiar seu vice e agora candidato a sucedê-lo na prefeitura de Curitiba. "Estou apoiando Eduardo Pimentel, primeiro pelas suas qualidades. Ele foi um vice-prefeito fiel durante sete anos e sete meses, mas mais do que isso, porque ele representa uma pessoa que pode ser ungida com a vontade de fazer um futuro e de levar Curitiba adiante", afirmou.