A ex-candidata do PMB à prefeitura de Curitiba, Cristina Graeml| Foto: Josi Pavoski/Divulgação campanha Cristina Graeml
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A candidata do PMB à prefeitura de Curitiba, Cristina Graeml, afirmou que não se considera "perdedora" e que "a caminhada só começou". A declaração ocorreu em entrevista coletiva na noite deste domingo (27), após serem apuradas as urnas que decretaram a vitória do opositor Eduardo Pimentel (PSD).

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Graeml comemorou os 390 mil votos, frisando não fazer “parte de família política, de grupo político". "Quando isso aconteceu antes em Curitiba?", questionou. O opositor é neto de Paulo Pimentel, ex-governador do Paraná.  

Questionada sobre as eleições de 2026, ela afirmou que "está tudo muito longe". 

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"O que vai acontecer comigo daqui para frente, eu vou pensar, mas há um novo grupo político formado no Paraná e no Brasil, porque tem uma força nacional também me amparando. Sou muito grata a todos os deputados federais e senadores que abertamente declararam apoio à minha candidatura, mesmo sendo de partidos que estavam na composição local aqui, apoiando o candidato adversário. Acho que a agora, realmente, precisamos de união em prol do povo brasileiro", afirmou, sinalizando uma possível candidatura para o legislativo. 

Por diversas vezes, Graeml afirmou que, como mulher, foi alvo de um grupo político que se uniu fortemente contra ela, incluindo o próprio partido, e que sua família "viu duramente o nosso sobrenome ser jogado em uma lama que não existe".  

"Eu preciso descansar uns dias, foram muito pesados. Ontem, foram 12 horas em pé na caçamba de uma caminhonete percorrendo os bairros onde as principais mentiras tinham sido disparadas contra mim. Infelizmente, não houve como reverter o massacre midiático e do poder econômico e político feito numa região que é a mais populosa da cidade", disse ela, se referindo à derrota nas urnas. 

A ex-candidata afirmou ainda que o resultado "é uma vitória de quase 400 mil curitibanos que resolveram dizer ‘não’ ao sistema como ele está construído, a esses grandes grupos políticos que se revezam no poder" e "ao próprio sistema eleitoral como ele está construído, com distribuição de dinheiro público para alguns, aos milhões". 

"Esses curitibanos, que são uma grande parcela da população, disseram um ‘não’ bem redondo para o sistema e nós vamos estar muito atentos em relação à Curitiba, muito posicionados para cobrar que todas as promessas sejam cumpridas e cobrar resultados", disse ela, se referindo à promessa de Eduardo Pimentel de colocar 10 mil crianças que estão fora da creche até dezembro na sala de aula. 

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Questionada se já havia entrado em contato com Pimentel e se iria conversar com ele sobre suas propostas, Graeml respondeu que não "porque, até onde eu saiba, estou bloqueada por todos da equipe dele, todo o entorno. Meu telefone também está grampeado, então eu tenho evitado usar o telefone há muito tempo já. Mas eu desejo pra Curitiba que as promessas sejam cumpridas." 

A ex-candidata afirmou ainda que deseja que "pelo menos" a tarifa de R$ 6 seja revista e diminuída, "como era a minha proposta, ao contrário do que foi dito".