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Debate Curitiba Band
Band realizou o primeiro debate em Curitiba nas eleições de 2024| Foto: Franklin de Freitas

O primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de Curitiba nas eleições de 2024 foi realizado nesta quinta-feira (8) pela Band Paraná. Participaram oito postulantes ao cargo que foram confirmados nas convenções partidárias: Andrea Caldas (Psol), Eduardo Pimentel (PSD), Luciano Ducci (PSB), Luizão Goulart (Solidariedade), Maria Victoria (PP), Ney Leprevost (União Brasil), Roberto Requião (Mobiliza) e Samuel de Mattos (PSTU). Cristina Graeml (PMB) foi desconvidada pela emissora horas antes do debate.

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Como já é tradição, a Band abriu a série de debates para as eleições — outros dois encontros estão programados na capital paranaense para setembro e outubro — com a apresentação de Alessandra Consoli.

O embate entre direita e esquerda e as críticas direcionadas ao atual vice-prefeito Eduardo Pimentel não se confirmaram, sequer a nacionalização do debate local, contrapondo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O debate da Band mostrou candidatos dispostos a falar sobre propostas para Curitiba em diversas áreas, como saúde, educação, transporte público, segurança e assistência social. O tempo que tiveram foi usado para falar sobre os problemas da cidade e o que fazer para solucioná-los.

O ponto alto

O único momento em que o clima esquentou foi quando o ex-governador Roberto Requião, no segundo bloco, citou as posturas de Luciano Ducci favoráveis ao ex-presidente Bolsonaro. Em seguida, ele perguntou ao candidato do PSB como se sentia agora como um “deputado progressista e da Frente da Desesperança”, em menção à Federação Brasil da Esperança, que une PT, PCdoB e PV, e que integra a coligação de Ducci.

O deputado federal respondeu que sempre votou com o partido dele e que se sente “bem acomodado” com os partidos de esquerda e que contará com o apoio do presidente Lula para transformar a cidade. Requião rebateu dizendo que está “estupefato” e que não consegue entender a mudança de postura. “A sua mudança é estranha, é a mercantilização da política.”

A equipe de Ducci pediu direito de resposta, que foi aceito. O candidato, porém, preferiu não usar o minuto extra para rebater Requião.

A polêmica

Nove candidatos foram convidados pela Band para o debate, mas a poucas horas do início do encontro, a campanha de Cristina Graeml (PMB) foi informada de que ela tinha sido desconvidada. Na porta de entrada da emissora, integrantes da equipe da candidata questionaram a equipe jurídica da Band, que justificou o desconvite pela "polêmica" relacionada aos embates entre a Executiva Nacional do PMB e o diretório local, bem como a falta de representatividade do partido no Congresso.

“A minha candidatura foi confirmada em convenção legítima realizada no dia 5 de agosto, última segunda-feira, em uma festa organizada pela Executiva Municipal dentro de todas as regras do estatuto do partido. Então a candidatura é legal, ela não foi destituída. A convenção está valendo e eu sou candidata a prefeita de Curitiba”, rebateu Graeml. Mesmo assim, a emissora não mudou de posição.

O escanteado

Pelas regras do debate, nos dois primeiros blocos os candidatos puderam escolher para quem fazer perguntas. Com isso, o candidato do PSTU, Samuel de Mattos, foi ignorado pelos outros participantes no primeiro bloco, sem receber nenhuma pergunta. O cenário se repetiu nos dois blocos seguintes. Nos momentos de perguntas e respostas, ele teve a oportunidade de falar apenas quando fez perguntas e usou as réplicas.

Do que eles falaram?

O tema mais recorrente no debate em Curitiba foi a saúde. Enquanto a maioria dos candidatos criticaram a atual gestão, o vice-prefeito Eduardo Pimentel destacava a administração de Rafael Greca (PSD) no setor, o que se repetiu nas discussões de outros temas. Outra área recorrentes no debate da Band foi o transporte público, novamente com críticas ao prefeito Greca e ao candidato Pimentel, que garantiu que o transporte público de Curitiba é "o melhor do país".

A tabelinha

Com a possibilidade de escolher para quem fazer perguntas, Ney Leprevost abriu o debate questionando Roberto Requião sobre o tema da saúde. “Boa pergunta, Ney”, começou a responder o ex-governador. Na réplica, Leprevost citou algumas propostas para a área. Na tréplica, Requião falou: “subscrevo suas ideias”.

Ainda no primeiro bloco, Requião destinou sua pergunta a Leprevost, dessa vez sobre pessoas em situação de rua. Na resposta, elencou algumas propostas para essa área e devolveu para Requião. O ex-governador brincou na sequência. “Obrigado Ney, você praticamente lançou minha candidatura à prefeitura”. Na tréplica, Leprevost falou sobre o combate ao tráfico de drogas e disse que para os traficantes “vai ser, como diz meu colega Requião, polícia e cadeia.”

Como funcionou o debate

O debate desta quinta foi dividido em três blocos, sendo que no primeiro os candidatos tiveram um minuto para se apresentarem e fizeram o primeiro confronto direto, com pergunta, resposta, réplica e tréplica. Na segunda parte, uma nova sessão de perguntas e respostas. No último bloco, houve novamente embate direto e dois minutos para cada um para as considerações finais.

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