A Câmara Municipal de Curitiba registrou nas eleições de 2024 a maior renovação em quase 30 anos. Das 38 cadeiras, 20 serão ocupadas a partir do ano que vem por vereadores que não passaram os quatro últimos anos batendo ponto no Palácio Rio Branco. Uma renovação significativa como essa, de 52%, não ocorria desde 1988, quando 70% dos vereadores eleitos naquele ano não vinham do mandato imediatamente anterior.
Outra mudança na Casa é a quantidade de mulheres eleitas. As 12 que venceram na urna representam um recorde. Até então, as duas últimas legislaturas vinham com oito vereadoras. Delegada Tathiana (União Brasil) foi a mais votada entre as mulheres e a quarta colocada no geral. E, das 12 que formarão a bancada feminina, três foram reeleitas: Amália Tortato (Novo), Giorgia Prates (PT) e e Indiara Barbosa (Novo).
A nova composição da Câmara Municipal de Curitiba tem representantes de 15 partidos, sendo que o PSD - do atual vice-prefeito e candidato no segundo turno para a prefeitura, Eduardo Pimentel - é quem mais elegeu vereadores neste ano. O PSD terá seis representantes no Legislativo curitibano. Na sequência aparecem PL e União Brasil, ambos com quatro eleitos.
Centro-direita e direita dominarão a Câmara de Vereadores de Curitiba para a gestão 2025-2028.
Com base na coligação de Pimentel, formada por oito partidos, foram eleitos 21 vereadores, contando PSD, PL, MDB, Novo, Podemos e Republicanos. Os dois mais votados nas eleições deste ano, aliás, são dessa composição: Jasson Goulart (Republicanos) e Guilherme Kilter (Novo), que receberam 21.684 e 16.664 votos, respectivamente. Por outro lado, o PMB de Cristina Graeml, que concorre com chapa pura, elegeu um vereador: Bruno Secco (PMB), com 11.436 votos, o sexto mais votado neste pleito.
Sobre os espectros políticos, o centro-direita e direita dominarão a Câmara Municipal de Curitiba, com 31 vereadores. A esquerda terá sete representantes, sendo seis vindos da coligação de Luciano Ducci (PSB), incluindo PSB, PT e PDT, além de uma vereadora do Psol, que elegeu pela primeira vez alguém para a Câmara — Professora Angela será a primeira psolista na Casa. O Agir, de Bruno Rossi, também faz a sua estreia.
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