Mesmo com uma renovação de 52% dos vereadores, o prefeito eleito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), não deverá encontrar dificuldades para emplacar pautas que precisem passar pela Câmara Municipal a partir de 2025. Assim como ocorreu nos dois mandatos em que foi vice-prefeito de Rafael Greca (PSD), a maioria dos vereadores faz parte da base do grupo político que terá Pimentel como representante maior na capital paranaense.
Das 38 cadeiras, 21 serão ocupadas por partidos que pertenceram à coligação liderada por Pimentel nas eleições: PSD, Avante, MDB, PL, Novo, PRTB, Podemos e Republicanos. Para além desses, há o PP da deputada estadual Maria Victoria, que se candidatou à prefeitura neste ano, mas ficou pelo caminho. Devido à proximidade com o grupo de Pimentel, Greca e do governador Ratinho Junior (PSD), o PP elevará para 24 as cadeiras da base, praticamente dando dois terços da próxima legislatura ao prefeito eleito.
A situação fica ainda mais confortável para Pimentel por causa da oposição, que fez apenas sete cadeiras. O bloco de oposição ainda não foi formalizado, mas PT (3 cadeiras), PSB (1) e PDT (1) fizeram parte da principal frente de esquerda, liderada por Luciano Ducci (PSB), o terceiro mais votado no primeiro turno da eleição majoritária. O Psol, que elegeu na capital sua primeira vereadora na história, fecha a conta.
Oposição fez apenas sete cadeiras para a Câmara de Vereadores de Curitiba.
Os outros sete vereadores tendem a ser independentes: quatro pelo União Brasil, um do PRD, um do PMB e um do Agir. No caso do União, o próprio apoio no segundo turno da eleição ficou pulverizado, com o partido liberando os afiliados a escolher o candidato para apoiar na votação final. Entre os eleitos, por exemplo, Da Costa foi para o lado de Cristina Graeml (PMB), enquanto Andressa Bianchessi pediu voto para Pimentel, ao lado dele, inclusive.
Mais do que a maioria, contar com dois terços de quórum qualificado do plenário é importante para a prefeitura em votações excepcionais, como emendas à Lei Orgânica do Município. Ou casos de prestação de contas do município, em que o prefeito precisa de dois terços dos vereadores para rejeitar algum parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
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