A jornalista Cristina Graeml, do partido PMB, foi oficialmente aprovada na convenção da sigla para disputar a prefeitura de Curitiba durante o evento realizado na noite de segunda-feira (5), no Clube dos Sub-Tenentes e Sargentos do Exército na capital paranaense. A chapa terá como vice o advogado e empresário Jairo Ferreira Filho.
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O nome de Cristina Graeml na corrida eleitoral foi lançado pelo PMB como pré-candidata à prefeitura de Curitiba em janeiro deste ano e a confirmação no período de convenções partidárias era dada como certa até a tentativa de dissolução dos diretórios municipais e estaduais da sigla pelo país em decisão da presidente nacional do partido, Sued Haidar Nogueira.
Assim, a articulação política construída em torno da candidata conservadora em Curitiba passou a ser ameaçada pela posição nacional do PMB, que em São Paulo apoia a chapa de Guilherme Boulos (Psol) e Marta Suplicy (PT). Na capital paranaense, o destino do partido também poderia ser a frente de esquerda encabeçada por Luciano Ducci (PSB).
O presidente estadual do PMB, Fabiano Santos, entrou com um mandado de segurança no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) para manter ou restabelecer de forma imediata as comissões no estado e em Curitiba contra a “inativação de órgão partidário” feita pela Executiva Nacional “na tentativa de destituir o órgão provisório do partido no Paraná” com vigência até o dia 29 de agosto. No pedido encaminhado à Justiça Eleitoral, Santos classifica a atitude como “abrupta, ilegal e sorrateira” com a violação de garantias constitucionais e das regras previstas pelo estatudo partidário.
“A decisão foi tomada 'de forma monocrática', pois é membro da Comissão Executiva Nacional e não foi convocado para nenhuma reunião com essa pauta”, alega Santos no pedido, que foi julgado na noite de segunda-feira pela desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, que encaminhou o processo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em caráter urgência, sob a justificativa que o ato em apreciação foi tomado pela presidência nacional do PMB. Sendo assim, não pode ser julgado pela Corte regional no entendimento da magistrada.
“O que está acontecendo por parte de membros da Executiva Nacional é uma tentativa de vender o partido, esquecendo que o partido é composto por pessoas. O nome da Cristina é trabalhado desde dezembro com consentimento da direção nacional”, declarou Santos em entrevista à Gazeta do Povo.
Segundo ele, ainda houve pressão de um membro da Executiva Nacional com o argumento que Graeml não fazia mais parte dos interesses ou dos planos do partido. “Para a convenção não houve a necessidade de nenhuma medida judicial. Entramos com o mandado de segurança, pois eles destituíram as comissões como fizeram também em outros estados. Em Goiás houve o pedido de prisão da presidente nacional por descumprimento de medida judicial do TSE, que ordenou o restabelecimento da Comissão Executiva naquele estado”, afirma.
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com a presidente nacional do PMB, Sued Haidar Nogueira, que não respondeu ao pedido de entrevista até a publicação da matéria. O espaço segue aberto para manifestação.
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