O pré-candidato a prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), se encontrou com o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol, pré-candidato do Novo à prefeitura da capital, no Palácio do Iguaçu, na terça-feira (30), para tratar da adesão da sigla à coligação encabeçada pelo PSD.
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Vice-prefeito de Curitiba e secretário estadual de Cidades, Pimentel tem o apoio do atual prefeito Rafael Greca (PSD) e do governador Ratinho Junior, que ocupa o cargo de presidente estadual do PSD.
Segundo a apuração da Gazeta do Povo, Pimentel convidou o partido de Dallagnol para integrar a frente ampla na campanha eleitoral, que tem a adesão confirmada pelo Podemos, Republicanos, PRD e MDB, além de discussões avançadas com PL e PP. Procurados, os pré-candidatos e os partidos PSD e Novo não confirmaram os motivos da reunião.
Outro fator que pode pesar nas conversas entre as siglas é a situação eleitoral de Dallagnol, ex-parlamentar que perdeu o mandato no Congresso após ter o registro de candidatura de deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no ano passado, em processo de autoria da Federação PT-PV-PCdoB.
O entendimento é que ele pode registrar a candidatura à prefeitura, mas deve enfrentar uma nova batalha judicial com base no pedido de exoneração do Ministério Público Federal (MPF) para, supostamente, escapar de um processo disciplinar que sequer foi aberto para investigar a atuação do ex-procurador na Lava Jato.
A aliança entre PSD-PL no Paraná contou com a articulação política de Ratinho Junior e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O partido presidido por Valdemar Costa Neto ainda não anunciou, oficialmente, a entrada na coligação de Pimentel, o que deve ocorrer até as convenções partidárias. O pré-candidato da sigla, Paulo Martins, afirmou à coluna Entrelinhas da Gazeta do Povo que não deve ser candidato a prefeito de Curitiba.
O grupo político de Ratinho Junior também teria procurado o União Brasil para atrair o pré-candidato Ney Leprevost para frente ampla em torno do nome de Eduardo Pimentel. No entanto, fontes ouvidas pela Gazeta do Povo afirmam que o deputado estadual do União Brasil vai manter a candidatura e descarta a hipótese de concorrer à prefeitura de Curitiba como vice.
Requião e Richa se encontram, mas chapa à prefeitura de Curitiba não é confirmada
Os ex-governadores paranaenses Roberto Requião, recém filiado ao Mobiliza, e Beto Richa (PSDB) se reuniram no início desta semana, encontro que gerou especulações sobre uma aliança política entre os pré-candidatos à prefeitura de Curitiba.
Antigo desafeto do tucano, Requião rompeu com o PT após uma série de críticas e divergências com a direção do partido. No Mobiliza, ele passou a articular a candidatura a prefeito na eleição deste ano e uma das possibilidades seria ter Fernanda Richa (PSDB), ex-primeira dama e mulher de Beto Richa, como sua vice na chapa para o pleito municipal. A informação foi negada por fontes próximas de Requião. A assessoria de Richa não respondeu ao questionamento da reportagem.
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