O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou nesta sexta-feira (11) que os rumos que as eleições tomaram em Curitiba preocupam a sigla. Isso porque o vice-prefeito e candidato Eduardo Pimentel (PSD), apoiado pelo PL, fez uma votação menor do que a esperada pela campanha no primeiro turno — ele vai enfrentar Cristina Graeml (PMB) nas urnas no dia 27 de outubro.
Além disso, a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ambígua na primeira parte do pleito, colocando em dúvidas se Pimentel realmente é o candidato dele na cidade. “[Em Curitiba] não é bom para nós, queremos manter o nosso apoio ao Eduardo Pimentel, que tem o Paulo Martins (PL) de vice”, comentou Costa Neto, em entrevista à GloboNews nesta sexta.
“Vamos ter que estar firmes com ele lá, não podemos prejudicar a eleição lá”, completou Costa Neto, referindo-se a Curitiba. A participação do PL na coligação de Pimentel na capital paranaense foi uma construção feita pelo governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), que insistiu no apoio, pelo menos oficial, do ex-presidente.
Para fortalecer esse posicionamento, foi dada ao ex-deputado federal Paulo Martins - o principal nome do PL no estado - a vaga de candidato a vice-prefeito. Após alguns percalços, um encontro em Porto Alegre entre Ratinho Junior, Pimentel, Paulo Martins e Bolsonaro selou o aval.
Apesar do apoio formal, o ex-presidente foi figura praticamente ausente na propaganda eleitoral de Pimentel. Por outro lado, Graeml conseguiu a autorização de Bolsonaro para usar uma foto dos dois que foi tirada em Brasília no mês de julho. Com posicionamentos políticos e de costumes mais próximos aos do ex-presidente, ela conseguiu avançar sobre o eleitorado de apoiadores de Bolsonaro em Curitiba e seguir para o segundo turno.
No dia da votação do primeiro turno, após a divulgação do resultado oficial, a candidata do PMB publicou nas redes sociais uma videochamada com Bolsonaro, na qual ele fala: “Não abro voto por você, você sabe o motivo. Mas torço por você e ponto final”. Em entrevista coletiva ainda no domingo (6), Pimentel reafirmou que o apoio do ex-presidente continua. “[Minha coligação] é um acordo político transparente, a favor da cidade de Curitiba, isso se mantém”, disse então.
Moraes retira sigilo de inquérito que indiciou Bolsonaro e mais 36
Juristas dizem ao STF que mudança no Marco Civil da Internet deveria partir do Congresso
Idade mínima para militares é insuficiente e benefício integral tem de acabar, diz CLP
Processo contra van Hattem é “perseguição política”, diz Procuradoria da Câmara