Ao avaliar os resultados das eleições municipais deste ano, o ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, disse que a “extrema-direita” foi derrotada nas urnas. A prova, segundo Pimenta, seria o fato de que não foi eleito nenhum dos ex-ministros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e nem alguns aliados de primeira hora.
“Foi a derrota da extrema-direita. Não vimos ninguém questionando urna eletrônica, (...) havia 48 candidatos e candidatas que tinham o slogan ‘eu participei do 8 de janeiro’, e nenhum se elegeu”, disse Pimenta em entrevista concedida à GloboNews, nesta segunda-feira (28).
“Na eleição anterior, Bolsonaro lançou vários de seus ministros, e todos se elegeram. Nenhum se elegeu agora. Figuras típicas do bolsonarismo, todos foram derrotados. O recado dessa eleição é a afirmação da democracia”, completou.
Pimenta minimizou resultado tímido do PT
O PT saiu das eleições com 8,9 milhões de votos nominais, enquanto o PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, conquistou 15,7 milhões de votos.
Ao minimizar esses números, Pimenta disse que, por estar no governo, o PT não pode se preocupar apenas com votos nominais e que mais importante foram as vitórias dos aliados, como os prefeitos reeleitos João Campos (PSB), em Recife, e Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro.
Como exemplos de candidatos apoiados por Bolsonaro que não conseguiram ser eleitos, Pimenta citou:
- o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (PL-PB), que concorreu à prefeitura de João Pessoa;
- o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE), que concorreu à prefeitura do Recife;
- o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem (PL-RJ), que concorreu à prefeitura do Rio de Janeiro;
- o deputado André Fernandes (PL-CE), que disputou a prefeitura de Fortaleza; e
- o deputado Éder Mauro (PL-PA), que disputou a prefeitura de Belém.
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