Guilherme Boulos, candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo derrotado no último domingo (27)| Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
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Derrotado pelo prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o psolista Guilherme Boulos teve menos votos do que o número de abstenções registradas no segundo turno das eleições municipais, neste domingo (27).

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Com 100% das urnas apuradas, Boulos recebeu 2.232.901 votos (40,65%), enquanto as abstenções foram 2.940.360, uma diferença de 707.459 votos. Nunes venceu com 59,35% dos votos válidos (3.393.110).

Boulos teve Marta Suplicy, quadro histórico do PT, como candidata à vice-prefeita em sua chapa e também contou com o apoio direto do presidente Lula (PT).

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Momentos após o resultado, o vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá (PT-RJ), criticou o próprio partido e afirmou que a aliança com Guilherme Boulos (PSOL) foi uma “morte anunciada”. 

Após a confirmação da derrota, o Partido da Causa Operária (PCO) chamou Boulos de “tucano de esquerda” e provocou o PSDB afirmando que a legenda “acabou”.

“Esse é o resultado de lançar um tucano de esquerda como candidato. A era do PSDB acabou. Ou a esquerda assume uma postura combativa, ou o bolsonarismo tomará o poder novamente”, disse o PCO em uma mensagem nas redes sociais. 

Assim como o PSOL, o PCO terminou a corrida eleitoral sem conquistar nenhuma prefeitura. Também ficaram fora dos executivos municipais os partidos PSTU, PCB e UP. O PSOL era o único dos cinco partidos ainda com candidaturas ativas no segundo turno.

TSE quer entender abstenção 

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse que a Justiça Eleitoral fará uma pesquisa para entender os motivos que levaram à alta abstenção de eleitores nas eleições municipais deste ano.

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De acordo com os dados finais da votação, o segundo turno teve uma abstenção de 29,26%, praticamente um em cada três eleitores deixou de votar. No primeiro turno, o não comparecimento às urnas foi de 21,68%.

“Há um aumento de abstenção no segundo turno. Tivemos casos climáticos, outros problemas. Vamos verificar e ver o que podemos aperfeiçoar. Vamos ter que apurar em cada local e trabalhar com os dados”, disse a ministra neste domingo (27).

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]