Topázio Neto, prefeito de Florianópolis, reeleito neste domingo (6)| Foto: Divulgação/Prefeitura e Florianópolis
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Reeleito em Florianópolis no primeiro turno das eleições deste domingo (6) com 58,49% dos votos válidos, o prefeito Topázio Neto (PSD) celebrou a vitória histórica e elogiou a campanha do candidato do PSOL, Marquito, que terminou em segundo lugar com 28,23% dos votos válidos.

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Candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), Topázio Neto governará a capital catarinense ao lado de sua vice e atual vereadora Maryanne Mattos (PL).

“Quero agradecer a parceira de todos os partidos que tivemos ao nosso lado [...] E, além dos [candidatos] eleitos (agradeço) a todos aqueles que nos ajudaram a construir a maior vitória… Nunca nenhum prefeito teve a votação que nós tivemos [...] Quero mandar um abraço para os nossos adversários, em especial para o deputado Marquito, que fez uma campanha limpa, teve uma votação muito boa e merece o nosso respeito”, disse Topázio, ao lado do governador, durante declaração após a divulgação do resultado pelo TSE.

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“Essa é a maior vitória de um prefeito na história da cidade. Quero me comprometer a, em quatro anos, honrar os todos votos que recebemos. A população pode esperar de mim muito trabalho, vamos governar para toda a cidade”, completou

Com 62 anos, Topázio sempre esteve ligado ao empreendedorismo e só entrou na política em 2020, quando foi eleito vice-prefeito de Florianópolis. 

Ele acabou assumindo a prefeitura em março de 2022 após a renúncia de Gean Loureiro (União Brasil), que deixou o cargo para concorrer ao governo de Santa Catarina — ele ficou em 4º lugar e não foi eleito.

Campanha em Florianópolis começou com direita e esquerda rachadas

A campanha em Florianópolis começou com a direita e a esquerda rachadas. Topázio conseguiu o apoio das siglas MDB, Novo, Podemos, Republicanos e PL — o partido de Bolsonaro convocou Michelle Bolsonaro para confirmar Maryanne Barbosa (PL) de vice e selar a aliança durante a convenção do PSD. Mesmo assim, o ex-presidente não entrou de cabeça na campanha, permanecendo a distância. Ele sequer esteve na cidade no período eleitoral.

Ao mesmo tempo em que angariou apoios de forças representativas no estado, o atual prefeito viu o União Brasil e seu antecessor e ex-prefeito Gean Loureiro apostarem em Dário Berger (PSDB), tornando mais difícil uma eleição em primeiro turno. Loureiro rompeu com Topázio na tentativa de colocar Berger novamente na prefeitura — ele foi prefeito por dois mandatos antes de ser eleito senador, em 2014.

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Do outro lado, o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiu na candidatura de Lela — o partido não concorria com candidato próprio em Florianópolis desde 2008 — junto com o PCdoB, PV e o PSB, ignorando a proposta do Psol de criar uma frente ampla de esquerda na cidade, como ocorreu em 2020, com Elson Pereira (Psol) que tinha Lino Peres (PT) como candidato a vice. Diante disso, o psolista e deputado estadual Marquito foi lançado como cabeça de chapa na coligação com a UP e a Rede da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.