O prefeito reeleito de São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB), contestou a visão de que sua permanência na política se deva ao apadrinhamento político do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e disse que “o prefeito da maior cidade da América Latina não tem padrinhos, tem aliados”.
A declaração foi dada na manhã desta segunda-feira (28) durante entrevista concedida à CNN Brasil. Na ocasião, Nunes pediu “respeito” ao jornalista que se referiu a Tarcísio como padrinho político do prefeito.
“Acho que vocês precisam, pelo menos, começar a respeitar um pouco a posição de quem é prefeito da maior cidade do país. Temos aliados políticos. O Tarcísio é fundamental tanto dentro do processo da administração, onde as parcerias da prefeitura e do estado têm trazido relevantes avanços para a cidade de São Paulo, e em um outro momento da participação do Tarcísio, que é no momento eleitoral”, disse Nunes.
“Ele [Tarcísio] se mostrou um grande personagem da política pela lealdade e pelo traço de caráter”, continuou Nunes ao destacar o nome do governador como possível substituto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2026, caso de Bolsonaro não consiga reverter a inelegibilidade.
Ao elaborar a pergunta a Nunes, o jornalista também questionou sobre o efeito da contribuição de Bolsonaro para a campanha. Na resposta, Nunes elogiou apenas a atuação de Tarcísio.
O assunto foi inserido na entrevista por conta das críticas feitas a Nunes durante a campanha por ele ter assumido o posto de prefeito após a morte do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), em 2021.
Nunes criticou "extremismo" dos oponentes
Durante a entrevista, Nunes ainda criticou os "extremismo" dos oponentes, em referência aos atos de violência ocorridos no primeiro turno, e disse que a escolha do eleitor de São Paulo deu “exemplo” de equilíbrio para o país.
“Aqueles candidatos agressivos que queriam lacrar até em entrevistas foram excluídos logo no primeiro turno. A gente precisa ter essa leitura muito clara de que a população é inteligente e ela está ali observando para tomar as decisões naquilo que interessa”, disse Nunes.
“Acho que a minha eleição demonstra isso, 20% a mais do que o segundo colocado [Guilherme Boulos], que passou vexame com menos votos do que o número de abstenções”, completou.
Ricardo Nunes (MDB) vai comandar a gestão da prefeitura de São Paulo para o período 2025-2028, após vencer Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno com quase 60% dos votos válidos.
Governo promete reforma, mas evita falar em corte de gastos com servidores
Bolsonaro chora e apoiadores traçam estratégia contra Alexandre de Moraes; acompanhe o Entrelinhas
“Vamos falar quando tudo acabar” diz Tomás Paiva sobre operação “Contragolpe”
Brasil tem portas fechadas em comissão da OEA para denunciar abusos do STF
De político estudantil a prefeito: Sebastião Melo é pré-candidato à reeleição em Porto Alegre
De passagem por SC, Bolsonaro dá “bênção” a pré-candidatos e se encontra com evangélicos
Pesquisa aponta que 47% dos eleitores preferem candidato que não seja apoiado por Lula ou Bolsonaro
Confira as principais datas das eleições 2024