O prefeito Eduardo Paes (PSD), reeleito no Rio de Janeiro, chamou o ex-coach e candidato derrotado em São Paulo, Pablo Marçal (PRTB),de “marginal, delinquente e irresponsável” por ter divulgado um laudo médico falso para acusar Guilherme Boulos (Psol) de envolvimento com drogas.
Paes afirmou que atitudes como essa devem ser punidas rigorosamente e lamentou o nível da campanha eleitoral em São Paulo, desejando um segundo turno mais respeitoso entre Boulos e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).
“É inaceitável um candidato divulgar um documento falso para atacar um adversário. Essa gente não pode estar na vida pública”, afirmou Paes em entrevista à GloboNews na manhã desta segunda (7).
Eduardo Paes foi além e afirmou que Marçal “tentou se meter aqui no Rio”. “Quero mandar um recado: cuida aí de São Paulo. Você não vai para o 2º turno, deu nisso, se tivesse apresentado propostas teria ido para o segundo turno”, disparou.
Marçal foi derrotado no primeiro turno neste domingo (6), ficando fora da disputa entre Boulos e Nunes, que obtiveram 29,07% e 29,48% dos votos válidos, respectivamente. Apesar de estar fora da corrida eleitoral, Marçal minimizou a derrota e já sinalizou a intenção de concorrer novamente em 2026, possivelmente ao governo do estado ou à presidência da República.
Ele reconheceu o resultado dos adversários, mas não deixou de atacar Boulos, chamando-o de “marginal”.
O ex-coach afirmou que qualquer apoio a Nunes no segundo turno estaria condicionado à inclusão de suas propostas, como a criação de escolas olímpicas e a implementação de educação financeira nas escolas.
Além disso, Marçal criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chamando-o de “Lázaro” por, segundo ele, ter ressuscitado politicamente o prefeito Nunes. E também comentou sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que havia criticado a divulgação do laudo falso contra Boulos, afirmando que “Bolsonaro nunca me ajudou” e se distanciando de qualquer aliança com o ex-presidente.
Apesar disso, Marçal evitou admitir que cometeu um erro ao compartilhar o documento falso. “Eu, Pablo Marçal, jamais postaria algo sabendo que é um laudo falso”, declarou emendando que ainda vai “meditar” sobre o assunto antes de emitir mais opiniões.
Já o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, reconheceu que o episódio do laudo afastou eleitores indecisos e prejudicou a campanha de Marçal. “Quem o orientou a fazer isso cometeu um grande erro”, avaliou Avalanche.
No entanto, ele destacou que Marçal se tornou um novo expoente da política brasileira e prometeu que o partido fará de tudo para lançá-lo como candidato à presidência da República nas próximas eleições.
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