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Após derrota, Joice se aposenta da política e xinga Ricardo Nunes
A jornalista e ex-deputada federal Joice Hasselmann (Podemos)| Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

A jornalista e ex-deputada federal Joice Hasselmann (Podemos) anunciou a sua aposentadoria da política após a derrota nas urnas neste domingo (6). Joice obteve apenas 1.669 votos e ficou de fora da lista dos vereadores eleitos em São Paulo (SP).

Ao tentar justificar a sua derrota, Joice disse que “a população não está preparada para votar no que é bom, bonito, agradável aos olhos do Senhor”.

A ex-candidata publicou um vídeo em suas redes sociais na noite deste domingo após o fim da apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Lancei a minha candidatura sem nenhuma pretensão e não consegui ser eleita. E, quero brindar essa taça de champagne com você. Por quê? Porque nessa campanha, eu não falei para ninguém, mas estava em suas mãos a decisão do que eu ia fazer para a minha vida e eu decidi, depois desse resultado, aposentar as chuteiras. Não saio mais candidata a nada”, disse Joice em vídeo no Instagram.

“Antes da política ganhei muito dinheiro como a jornalista mais importante desse país. Abri mão de tudo para me dedicar à política, abri mão mais uma vez, mais uma vez e mais mais uma vez, e agora pela última vez eu abri mão da minha carreira, dos meus projetos para realmente me dedicar à política”, completou.

Joice declarou apoio a Ricardo Nunes no segundo turno

Joice também declarou apoio à campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição. Nunes concorre com Guilherme Boulos (PSOL).

Apesar do apoio, Joice chamou Nunes de “bunda mole” por conta do episódio ocorrido durante a campanha do primeiro turno em que o prefeito buscou se distanciar da jornalista depois de gravar um vídeo de apoio à candidatura de Joice.

No começo do mês de agosto, Nunes fez aparição em um vídeo ao lado dela recomendando sua candidatura. Após críticas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, ele desconversou e tentou minimizar afirmando que fez vídeos para dezenas de candidatos a vereador.

“Mesmo ele [Ricardo Nunes] sendo um bunda mole, eu prefiro apoiar um bunda mole do que um esquerdista”, disse Joice em referência a Boulos.

Fracasso político

A votação da jornalista diminuiu exponencialmente desde que ela, que antes era apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), passou a criticá-lo.

Em 2018, quando disputou a cadeira na Câmara dos Deputados, Joice Hasselmann recebeu 1.078.666 votos, tornando-se a mulher com a maior votação para o cargo na história do país.

No ano seguinte, em 2020, já como crítica do ex-presidente, ficou em sétimo lugar na disputa pela prefeitura de São Paulo.

Em 2022, o número caiu para 13.679, e ela não conseguiu se reeleger para o Congresso. Agora, dois anos depois, a quantidade de votos foi ainda menor.

Na época em que foi eleita deputada federal, Hasselmann era vista como um dos principais nomes do bolsonarismo e integrava o PSL, partido do então presidente.

Em 2019, chegou a ser líder do governo no Congresso, mas depois rompeu com Bolsonaro e com seus filhos.

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