Deputada estadual por 12 anos, Juliana Brizola é pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre (RS) pelo PDT. Ela tem como principal bandeira a luta pela educação - mesma causa defendida pelo avô Leonel Brizola, fundador do PDT e líder da Campanha da Legalidade de 1961.
Esta é a segunda vez que Juliana Brizola concorre à prefeitura da capital gaúcha. Em 2020, ficou em quarto lugar. Antes disso, foi vereadora de Porto Alegre, eleita em 2008, e deputada estadual por três mandatos seguidos entre 2011 e 2022.
Da infância “exilada” no Uruguai às causas da educação: a trajetória de Juliana Brizola
Natural de Porto Alegre, Juliana Brizola foi aos três anos para o Uruguai, devido ao exílio do avô Leonel Brizola por causa da ditadura militar. A família retornou ao Brasil em 1979, com a Lei da Anistia, que concedeu perdão aos perseguidos políticos do período militar.
No mesmo ano, ocorreu a fundação do PDT por Leonel Brizola, partido ao qual Juliana se filiou aos 18 anos e iniciou a trajetória política, com cargos dentro da ala jovem da sigla. Cursou Direito na Faculdade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, e trabalhou no serviço público durante o segundo governo do avô como governador no Rio.
Em 2000, voltou ao Rio Grande do Sul, onde fez especialização e mestrado em Ciências Criminais na PUCRS. Foi assessora jurídica do PDT gaúcho e, em novembro de 2007, foi então eleita presidente estadual da Juventude Socialista do partido. Foi, ainda, tesoureira da Juventude Internacional Socialista, eleita em congresso na Dinamarca.
O primeiro cargo dela no Executivo foi durante o mandato de José Fogaça (PMDB) como prefeito de Porto Alegre, eleito em 2005, tendo atuado como secretária municipal da Juventude. Em 2008, foi eleita vereadora da capital gaúcha e, em 2010, deputada estadual. Foram três mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Durante os mandatos parlamentares, Juliana Brizola evidenciou a defesa pela educação. Aprovou a Emenda Constitucional nº 62/2011, que obriga a implantação progressiva da Escola de Tempo Integral na rede de ensino. Coordenou a Comissão Especial em Defesa da Escola de Tempo Integral, que resultou na Lei 14.461/2014, tornando 50% da rede pública de ensino funcionando em tempo integral.
Aprovou, ainda, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que garante o ensino de espanhol nas escolas e a lei que restabelece as fundações de pesquisa do Rio Grande do Sul. Também presidiu a Frente Contra o Fechamento de Escolas Públicas, com defesa ao patrimônio público e à valorização dos professores estaduais.
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