A ministra Cármen Lúcia, a ministra do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chamou atenção para a apresentação de R$ 1,7 milhão em dinheiro em espécie durante as eleições deste domingo (6). A Polícia Federal vai investigar a origem dos recursos e como seriam usados, mas a principal suspeita é que seriam usados para compra de votos. Segundo a ministra, essa foi a primeira vez que esse tipo de levantamento foi feito e as autoridades vão se focar nesse tipo de rastreamento no futuro.
"Nós não tínhamos, antes dessa eleição, dados concretos sobre dinheiro. Então, daqui para frente, nós vamos nos esmerar junto ao Ministério Público, às forças de segurança e ao Judiciário para cada vez mais a gente ter dados. O presidente (do STF) Luis Roberto Barroso tem desempenhado no Conselho Nacional de Justiça em adotar estatísticas para a gente ter como trabalhar", disse ela.
A ministra afirmou que a quantia é "preocupante para todo mundo". Segundo ela, durante todo o período eleitoral de 2024 a Polícia Federal fez a apreensão de R$ 20 milhões em espécie e além de pouco mais de R$ 20 milhões em outros bens. Ela disse que esses recursos foram "ilicitamente manuseados e manipulados".
Ela classificou a votação deste domingo como "tranquila". Já o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), chamou de "extraordinário" e "provavelmente o melhor do mundo" o sistema eleitoral brasileiro. Ele não mencionou o fato das eleições ocorrerem em meio à suspensão da rede social X, muito usada pela direita, nem o bloqueio de contas de comunicadores por decisão do STF.
"A vantagem da democracia é que momentos como esse vão virando uma rotina e portanto, felizmente, não tem nada de extraordinário acontecendo. As pessoas estão votando e a presidente [do TSE, Carmen Lúcia] estará divulgando o resultado poucas horas depois das eleições consagrando esse extraordinário sistema que nós temos de votação que é provavelmente o melhor do mundo", disse.
"A Democracia é isso: a rotina de as pessoas votarem se manifestarem dentro da lei e dentro da Constituição", afirmou Barroso em declaração a jornalistas na sede do TSE, em Brasília. As declarações foram dadas ao lado da ministra Cármen Lúcia, ministra do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
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