Apoio a Nunes foi justificado pelo PSDB para evitar “os extremos e a radicalização” do que chamou de “lulopetismo”.| Foto: Isaac Fontana/EFE
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O PSDB afirmou neste domingo (6) que apoiará a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo, na disputa de segundo turno com Guilherme Boulos (Psol). O partido sinalizou rapidamente a mudança de postura após ter evitado formar chapa com o atual prefeito no começo do ano, quando disse que queria ter “protagonismo nas eleições municipais” em vez de aceitar a vaga de vice.

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Em uma nota à imprensa após o fechamento das urnas – e a derrota do candidato tucano José Luiz Datena com 1,84% dos votos válidos – o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, justificou o apoio em Nunes como forma de combater “os extremos e a radicalização” e o que chamou de “lulopetismo”.

“Em São Paulo, o partido recomendará o voto em Ricardo Nunes, no segundo turno, contra o lulopetismo por uma questão de coerência ideológica histórica. Somos a favor de um país com equilíbrio, com justiça social, com equidade, que respeite a liberdade e a democracia”, disse.

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Por outro lado, Datena disse que não apoiará nenhum dos candidatos neste segundo turno, alengando que “minha diferença de votos não fará diferença nenhuma”.

“A minha intenção é nunca mais voltar à política e repensar também a minha carreira. Eu tenho que conversar com a emissora e ver qual vai ser o meu papel na televisão”, disse colocando em dúvida se voltará à Band. “Eu gostaria de voltar [para a TV] nesta segunda-feira, mas não seria nem ético de minha parte e nem da Band, claro. Ter um apresentador que foi candidato”, completou.

Além de Perillo, o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou não ter dúvidas de que Nunes “é quem melhor pode administrar a principal capital brasileira, gerando um ambiente de tranquilidade política e social necessária para o desenvolvimento do município, contribuindo, assim, com todo o país”.

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O primeiro turno da eleição em São Paulo terminou com uma disputa bastante apertada com apenas cerca de 25 mil votos de diferença entre Nunes (29,48%) e Boulos (29,07%). Pablo Marçal (PRTB) teve 28,14%, Tabata Amaral (PSB) alcançou 9,91%, e Marina Helena (Novo) conquistou 1,38% dos votos válidos. Os demais não alcançaram 1%.

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A convenção do PSDB realizada em março dividiu o partido entre apoiar Nunes e sair com uma candidatura própria. Oito integrantes da Executiva Municipal Provisória votaram por um candidato próprio ou se aliarem a outro que não fosse Nunes, três defenderam apoiar a reeleição do atual prefeito e outros três não compareceram à votação.

Na época, o partido cogitou também apoiar Tabata Amaral, mas acabou optando por Datena.

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