Eleitores foram às urnas neste domingo (6) para o primeiro turno.| Foto: Infografia/Gazeta do Povo
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O candidato Tião Bocalom (PL) foi reeleito prefeito de Rio Branco (AC) no primeiro turno, neste domingo (6). Bocalom contou com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e do governador do Acre, Gladson Cameli (PP).

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Com 100% das urnas apuradas, até às 19h10, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bocalom recebeu 54,82% dos votos (108.521 votos) neste primeiro turno, enquanto Marcus Alexandre (MDB), segundo colocado, obteve 34,77% (68.824 votos).

Na sequência, aparece o candidato do partido Novo, Jarude, com 7,16%, e em quarto lugar, Dr. Jenilson do PSB, com 3,24%.

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Campanha de Bocalom contou com Michelle Bolsonaro

Durante a campanha, o atual prefeito Tião Bocalom (PL) buscou nacionalizar a disputa contra o principal adversário na disputa, Marcus Alexandre (MDB). Temendo a rejeição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no município, Marcus Alexandre trocou o PT pelo MDB em 2023. Ele já havia governado a cidade de 2013 a 2018.

Em contrapartida, Bocalom, que busca a reeleição, contou com o apoio da família Bolsonaro na campanha do primeiro turno. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) participou de comícios ao lado do prefeito em Rio Branco. Além dela e do ex-presidente, Bocalom recebeu o apoio do governador Gladson Cameli (PP) e dos senadores do União Brasil Márcio Bittar e Alan Rick.

Apesar das queimadas na cidade, os candidatos evitaram o tema em debates e sabatinas durante a campanha rumo ao 1º turno.

O perfil de Tião Bocalom

Sebastião Bocalom, de 71 anos, é formado em matemática e já foi filiado a oito partidos. Neste ano, deixou o PP para entrar no PL, visando o apoio de Bolsonaro. Bocalom iniciou a carreira política como vereador em Nova Olímpia (PR), nos anos 1980. Foi o primeiro prefeito de Acrelândia (AC), entre 1993 a 1996, e ocupou o cargo de secretário estadual da Agricultura do Acre por um ano.

Foi eleito novamente prefeito de Acrelândia em 2000 e reeleito em 2004. Tentou o governo do estado em 2006, mas obteve apenas 11% dos votos. Em 2020, disputou a prefeitura de Rio Branco pelo Partido Progressista, vencendo a então prefeita Socorro Néri (PSB) no segundo turno com mais de 62% dos votos.

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Após o resultado das eleições em Rio Branco, prefeito tem o desafio de combater queimadas

Segundo levantamento da Gazeta do Povo sobre as melhores capitais para se viver, Rio Branco ficou em 17º lugar entre as 27 capitais brasileiras. O levantamento considerou critérios como segurança, infraestrutura, hospitais, escolas, economia e empregos.

Somadas às preocupações com a educação fundamental e a situação dos hospitais municipais, a cidade de Rio Branco enfrenta um grave problema com o aumento das queimadas e a piora na qualidade do ar. Apesar das queimadas na cidade, os candidatos evitaram o tema em debates e sabatinas durante a campanha rumo ao 1º turno.

Dados do governo federal indicam que Rio Branco tem a pior qualidade do ar entre as capitais, classificada como “muito insalubre”. Em setembro, o governador e o prefeito se reuniram e anunciaram medidas como o cancelamento das festividades de 7 de Setembro e das aulas municipais e estaduais, junto com a promessa de aumento nos leitos hospitalares, dispensa de servidores com mais de 60 anos, proibição do uso de fogo e a criação de um gabinete de crise em parceria entre o estado e o município.