Aliado de ex-presidente, Ramagem foi diretor-geral da Abin no governo Bolsonaro| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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A presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha do aliado Alexandre Ramagem (PL-RJ) é a principal aposta do partido para levar a eleição para a prefeitura do Rio de Janeiro para o segundo turno.

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Em pesquisa de intenções de votos divulgada pela Quaest na última terça-feira (18), o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão Bolsonaro aparece com 11% da preferência do eleitorado carioca no cenário que aponta vitória no primeiro turno do atual prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) com 51% dos votos.

No entanto, o quadro muda com a entrada de Bolsonaro e Lula (PT) na eleição no Rio e abre a possibilidade para o segundo turno. De acordo com o levantamento, o delegado Ramagem salta para 29% das intenções de votos  no cenário com o apoio do ex-presidente, enquanto Paes oscila para 47% dos votos com o apoio do atual presidente.

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O PT deve fazer parte da coligação pela reeleição do prefeito carioca e discute com o PSD a possibilidade de indicação do vice para a chapa. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

No entanto, o levantamento da Quaest também aponta que a transferência de votos será um desafio para os futuros candidatos apoiados por Bolsonaro e Lula. Questionados pelo instituto de pesquisa, 75% responderam que não votariam em um indicado por Bolsonaro sem conhecer o candidato. O índice de rejeição aumenta para 79% no caso de um indicado por Lula desconhecido dos eleitores.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que deve organizar um ato no próximo mês no Rio de Janeiro com a presença do ex-presidente e do pré-candidato do PL. “Nossa meta agora é deixar o Ramagem cada vez mais conhecido e estou organizando um grande ato, no mês que vem no Rio, para que ele esteja ao lado do presidente Bolsonaro”, adiantou em entrevista ao jornal O Globo.

Além do apoio de Bolsonaro ao delegado Ramagem, a estratégia do partido é reforçar o vínculo político entre Paes e Lula. “Está mais do que comprovado que Lula e Paes estão juntos, mas ele não quer dar a vice ao PT com medo de perder votos. Precisamos deixar bem claro que estão em parceria, associados, e vamos explorar bastante esta questão”, completa o filho 01 do ex-presidente.

Ainda segundo o levantamento da Quaest, a gestão Eduardo Paes é considerada positiva por 35% dos pesquisados. A administração foi avaliada como regular por 38% dos entrevistados e reprovada por 24% do eleitorado carioca. A área de atuação com maior rejeição é a segurança: 78% afirmam que esse ponto piorou durante o mandato de Paes.

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A melhoria na segurança pública com a valorização da polícia é uma das principais bandeiras defendidas por Ramagem no Congresso. “A efetiva solução de segurança virá principalmente do Executivo local contra essas décadas de políticas desastrosas que assolaram o Rio de Janeiro desde o Brizola, que privilegiava redutos criminosos e ainda paralisava a polícia”, declarou o delegado no plenário, com vídeo evidenciado nas redes sociais do pré-candidato do PL.

Procurada pela Gazeta do Povo, a assessoria de imprensa do pré-candidato à reeleição informou que Paes deve conceder as entrevistas sobre a eleição para a prefeitura do Rio apenas após o início oficial da campanha.

Metodologia: 1.145 entrevistados pessoalmente pelo Quaest Consultoria e Pesquisa entre os dias 13 e 16 de junho de 2024. A pesquisa foi contratada pela Sociedade Anônima Rádio Tupi. Confiança: 95%. Margem de erro: 3 pontos percentuais. Registro no TSE nº RJ-04459/2024.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]