Alexandre Ramagem, 52 anos, é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2024 pelo Partido Liberal (PL). Delegado da Polícia Federal (PF), atuou como diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro (PL). Ele é próximo da família Bolsonaro, que tem sua base eleitoral no Rio de Janeiro.
Ramagem foi eleito deputado federal em 2022, no primeiro pleito em que participou, recebendo 59.170 votos. No Congresso, tem como principal bandeira a segurança pública. Ele é um dos vice-líderes do PL na Câmara e participa do Conselho de Ética e da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.
Também foi integrante titular da CPI dos Atos Golpistas em 2023. A comissão aprovou relatório elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que propôs o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) e aliados do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado. Na época, Ramagem apresentou um relatório paralelo em que defendia que não houve tentativa de golpe no dia 8 de janeiro. A tese foi rejeitada.
Ramagem chefiou a segurança de Bolsonaro
Alexandre Ramagem entrou para a Polícia Federal em 2005 como delegado. Ele atuou na chefia da segurança de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 após o atentado a faca em Juiz de Fora (MG). O reforço na segurança dos candidatos no pleito ocorreu após pedido do então presidente Michel Temer (MDB).
Ramagem desempenhou a função de delegado até o início do mandato de Jair Bolsonaro. No início de 2019, foi nomeado superintendente da PF no Ceará, no entanto deixou a carreira para assessorar a Presidência da República.
Em abril daquele ano, foi escolhido por Bolsonaro para chefiar a Polícia Federal, mas foi impedido de ocupar o cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, o então ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro acusou o presidente de tentar interferir na PF e pediu demissão do governo.
Pouco tempo depois, Ramagem foi o escolhido para chefiar a Abin. Ele permaneceu na agência até 2022, quando saiu para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições.
Em janeiro deste ano, Ramagem foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investigava esquema na Abin para monitorar, ilegalmente, autoridades públicas e cidadãos comuns. No entendimento de aliados do PL, a operação não é suficiente para tirar Ramagem da disputa pela prefeitura do Rio.
Quase toda a decisão do ministro Alexandre de Moraes, de 38 páginas, baseava-se em investigações da PF que acusam a existência de uma suposta organização criminosa, instalada na Abin, que teria o intuito de monitorar ilegalmente pessoas e autoridades públicas invadindo aparelhos e computadores. Ela seria formada por homens da própria PF que Ramagem colocou na agência durante o período que a dirigiu, entre julho de 2019 a julho de 2022.
Porém, a decisão Moraes não indicava, de forma precisa e concreta, como Ramagem teria atuado para favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos Flávio e Jair Renan Bolsonaro.
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