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Ricardo Nunes (MDB), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Jair Bolsonaro (PL) e Mello Araújo (PL) em evento de campanha.
Ex-presidente criticou cortes e memes de Marçal e pediu que paulistano “vote com razão”| Foto: Luiz Blanco/Campanha Ricardo Nunes

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) falou pela primeira vez da agressão sofrida pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) e criticou o empresário por comparar a cadeirada ao atentado que Bolsonaro sofreu na campanha eleitoral à Presidência em 2018, quando foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG) e teve que passar por uma série de cirurgias. Marçal também comparou a cadeirada com o atentado a tiros que o candidato republicano Donald Trump sofreu nos Estados Unidos, no último mês de julho.

Na avaliação de Bolsonaro, Marçal e Jose Luiz Datena (PSDB) se desentenderam sendo que “um provocou o outro no limite e o provocado não resistiu e foi para cima”. “Ele [Marçal] sabia que estava provocando. Ele viu à frente o possível agressor e foi o que aconteceu, lamentamos. Em Juiz de Fora, eu não conhecia o Adélio Bispo, nunca tinha ouvido falar dele, mas ele se aproximou de mim e deu a facada, que seria mortal, segundo os médicos da Santa Casa de Juiz de Fora. A facada feriu vários órgãos, perfurou o intestino e o mesentério”, recorda o ex-presidente. “Graças a Deus, eu sobrevivi, mas foram momentos, dias e meses de muito sofrimento, marcas que eu guardo até hoje”, completa.

No vídeo, compartilhado na tarde desta sexta-feira (20) pelo perfil oficial do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no Instagram, Bolsonaro afirma que a comparação é “lamentável” e foi feita com o intuito de “conseguir o poder”. “Não entre na pilha de provocações, de fake news, de fazer meme, de fazer recortes, de buscar espaço para chegar ao poder. E chegando ao poder, o que ele vai dar a vocês, pois acabou aquele momento da eleição”, criticou.

Bolsonaro pediu que o paulistano “vote com razão” e declarou apoio ao candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), que tem como vice o Coronel Mello Araújo (PL), nome indicado pelo ex-presidente na coligação. “[Ele] esteve à frente da Rota [Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar], a respeitada Rota de São Paulo, e depois por dois anos, foi comandar a Ceagesp [Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo]. Ele botou moral e ordem, passou a ser um local de orgulho de referência em São Paulo”, destacou.

O ex-presidente afirmou que deve “esmiuçar” esses temas na última semana das eleições municipais com a retomada de “lives” pelas redes sociais. “Lamento o episódio de São Paulo, dos dois lados, mas deixo claro. Não vou deixar ninguém com dúvida: se eu fosse eleitor de São Paulo, capital, votaria na reeleição do Ricardo Nunes por ele e pelo vice Mello Araújo”, afirma Bolsonaro, que sinaliza a possibilidade de entrar de maneira mais efetiva na campanha do prefeito paulistano, que disputa os votos da direita com Marçal.

Pelas redes sociais, o candidato do PRTB afirmou que o ex-presidente está "relativizando a agressão". "Minha continência somente ao povo", respondeu Marçal, que ainda se manifestou oficialmente sobre o vídeo de Bolsonaro em entrevistas ou nota à imprensa.

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