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Bolsonaro e Lula
Bolsonaro e Lula consideram São Paulo palco fundamental para o pleito de 2026.| Foto: André Coelho/EFE e André Borges/EFE

A pesquisa do instituto Quaest que mediu a intenção de voto para a disputa pela prefeitura de São Paulo (SP), divulgada nesta terça-feira (30), mostrou que o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos pré-candidatos a prefeito é menos determinante para a concretização do voto do que uma candidatura independente, sem apoio explícito de nenhum deles.

De acordo com o levantamento, 51% dos entrevistados disseram que gostariam que o próximo prefeito de São Paulo fosse independente. Aqueles que disseram que gostariam que o prefeito fosse apoiado por Lula somaram 28%, enquanto que os eleitores que gostariam de um candidato de Bolsonaro chegam a 16% — 5% não souberam ou não responderam a esse questionamento.

Tanto Lula como Bolsonaro entraram com força na campanha na capital paulista, nacionalizando a disputa e montando uma prévia do que será o pleito de 2026. Apesar dos partidos de ambos não terem pré-candidato a prefeito como cabeça de chapa, a escolha dos vices teve participação direta deles: coronel Ricardo Mello Araújo (PL) é candidato a vice de Ricardo Nunes (MDB), a aposta de Bolsonaro, e Marta Suplicy (PT) é candidata a vice de Guilherme Boulos (Psol), apoiado por Lula.

Entre os que consideram votar em um aliado de Lula, o preferido de fato é Boulos, com 42%. Da mesma forma, os eleitores que gostariam que o próximo prefeito paulistano fosse aliado de Bolsonaro têm preferência maior por Nunes, com 38%. Boulos apresentou queda em relação ao levantamento anterior da Quaest, divulgado em junho. Ele tinha 47% entre os que consideravam votar em um aliado de Lula. Por outro lado, Nunes subiu entre aqueles que gostariam que o próximo prefeito fosse aliado de Bolsonaro: em junho ele tinha 32%.

Quem ganhou espaço nos dois lados foi José Luiz Datena (PSDB), que confirmou a candidatura no último sábado (27). Entre os que consideram votar nele se fosse aliado de Lula, a porcentagem passou de 13% em junho para 24% em julho. Em relação a Bolsonaro, Datena tinha 14% e agora soma 20%.

Ao mesmo tempo em que a ascendência de Lula e Bolsonaro pode contar a favor de um candidato, ela também pode ser um obstáculo. Na pesquisa da Quaest, 66% dos entrevistados disseram que não votariam em um candidato desconhecido apoiado pelo atual presidente — 29% votariam. Em relação ao ex-presidente, 75% não votariam em um candidato desconhecido apoiado por ele — 20% votariam. Nesse cenário, o levantamento também colocou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) como cabo eleitoral: 68% não votariam em um candidato desconhecido apoiado por ele, enquanto 25% votariam.

Metodologia das pesquisas citadas

1.002 entrevistados pessoalmente pela Quaest entre os dias 25 e 28 de julho de 2024. A pesquisa foi contratada pelo Banco Genial S.A. Confiança: 95%. Margem de erro: 3,1 pontos percentuais. Registro no TSE nº SP-06142/2024.

1.002 entrevistados pessoalmente, pelo instituto Quaest, entre os dias 22 e 25 de junho de 2024. A pesquisa foi contratada pelo Banco Genial S.A. Confiança: 95%. Margem de erro: 3 pontos percentuais. Registro no TSE nº SP-08653/2024.

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