Nesta quarta-feira (24), o deputado federal e candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol) se reuniu com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmen Lúcia, para manifestar preocupações em relação ao aumento da disseminação de fake news nas eleições municipais e solicitar uma resposta rápida do TSE.
A principal preocupação do representante da esquerda nas eleições paulistanas é com as deep fakes e, de acordo com ele, a ministra garantiu estar atenta à situação e comprometida com a integridade do processo eleitoral. "Ela [Cármen Lúcia] também se mostrou preocupada, disse que está tomando as medidas, o repositório que ela está concluindo agora, inclusive para passar uma orientação para o conjunto dos tribunais regionais eleitorais, e colocou-se à disposição em relação ao TSE como guardião de que a democracia prevaleça", disse ao jornal Folha de S. Paulo.
Guilherme Boulos foi condenado na Justiça por informações falsas
Durante a pré-campanha das eleições à prefeitura de São Paulo, Boulos enfrentou algumas condenações relacionadas à divulgação de fake news:
- Condenação por divulgação irregular de pesquisa eleitoral
Em abril, ele foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) a pagar R$ 53.205 por divulgar irregularmente uma pesquisa eleitoral que teria induzido o eleitor a erro. O TRE-SP considerou que ele misturou cenários de pesquisas estimuladas e criou um novo cenário que não foi questionado pelo levantamento.
O juiz chamou a divulgação de "pesquisa estimulada Frankenstein" e apontou a falta de divulgação do nível de confiança da pesquisa. Na ocasião a pré-campanha de Boulos afirmou que recorreria da decisão e alegou que não divulgou dados falsos.
2. Exclusão de postagens sobre inelegibilidade de Nunes
Em maio, a 2ª Zona Eleitoral de São Paulo determinou que plataformas derrubassem posts de Boulos contra o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, por fake news em até 48 horas e aplicou multa de R$ 1 mil por dia em caso de desobediência. As postagens insinuavam que o prefeito de São Paulo não aplicou legalmente o orçamento da Educação, podendo, assim, ficar inelegível.
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