Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol) divergem sobre número de debates para o 2º turno em São Paulo.| Foto: Fotomontagem Gazeta do Povo (Wilson Dias/Agência Brasil e Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
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Os debates entre os candidatos podem oferecer aos eleitores uma oportunidade a mais de conhecer, de forma aprofundada, as propostas e ideias dos candidatos. Diferentemente das propagandas eleitorais na televisão ou nas redes sociais, nas quais as mensagens são frequentemente limitadas por tempo e cuidadosamente editadas, os debates proporcionam um espaço para a exposição detalhada de planos de governo e políticas públicas, permitindo que os candidatos apresentem projetos com mais profundidade.

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Além de aprofundar as propostas, os debates são um cenário importante para avaliar a postura dos candidatos diante de questionamentos e confrontações diretas. A capacidade de argumentar com firmeza, responder de maneira objetiva e demonstrar conhecimento sobre questões complexas são aspectos que, muitas vezes, só podem ser observados em situações de debate. É nesse ambiente que o eleitor tem a chance de observar como o candidato lida com a pressão e com a divergência de opiniões, atributos essenciais para quem ocupará um cargo público.

Após o recorde de 11 debates no primeiro turno da eleição para a prefeitura de São Paulo, a quantidade de propostas para novos embates diretos entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol) está mobilizando esse início de campanha rumo ao segundo turno, marcado para o próximo dia 27. Foram solicitados 12 debates. As duas campanhas concordam que o número exagerado, mas ainda não chegaram a um acordo sobre o número ideal. A campanha de Nunes propõe uma redução para três debates, enquanto Boulos sugere de oito a nove. A Gazeta do Povo quer saber a opinião do leitor sobre a quantidade de debates entre os candidatos no segundo turno das eleições municipais 2024. Vote na enquete abaixo:

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A realização de uma série de debates em curto espaço de tempo pode ter o efeito contrário ao desejado, tornando a campanha repetitiva e desgastante para o eleitorado. Com a frequência elevada, os candidatos muitas vezes acabam repetindo os mesmos argumentos e propostas, o que diminui o impacto das discussões e pode levar o público a perder o interesse. Esse cenário, em vez de informar, pode frustrar o eleitor, que passa a ver os debates como meras formalidades, desconectadas de suas reais preocupações.