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Segundo turno em São Paulo
Nunes e Boulos disputam votos no segundo turno no dia 27 em São Paulo| Foto: Fotomontagem Gazeta do Povo (Wilson Dias/Agência Brasil e Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O horário eleitoral gratuito foi retomado nesta sexta-feira (11) nas cidades com segundo turno nas eleições de 2024 com programação diária até o dia 25 de outubro. Em São Paulo, a estreia foi marcada pela presença dos padrinhos políticos dos candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol), os mais votados pelo eleitorado paulistano no primeiro turno.

O horário eleitoral tem duração de 10 minutos, com metade do tempo para cada candidato, começou com o prefeito de São Paulo lembrando dos ataques sofridos durante a campanha na capital paulista, que acabou marcada pela escalada de agressões e violências entre os candidatos. Na propaganda, Nunes reconhece que a gestão precisa melhorar em alguns pontos e que “não está tudo perfeito” na maior cidade da América Latina. 

A coligação encabeçada pelo MDB procurou destacar a parceria entre Nunes e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi o principal cabo eleitoral do candidato à reeleição no primeiro turno, que teve o resultado mais apertado na capital desde a redemocratização. Nunes ficou em primeiro com 29,48% dos votos válidos, seguido de Boulos com 29,07% e Pablo Marçal (PRTB) com 28,14%. 

“Nós temos um prefeito humilde, humano e de grande coração. Um prefeito que se dedica todos os dias, que acorda cedo, sai tarde e vai a cada canto, pois se importa com as pessoas”, afirma o governador de São Paulo durante discurso após a vitória de Nunes no primeiro turno. 

Na sequência, o prefeito paulistano devolve o afago a Tarcísio de Freitas. “Pessoa corajosa, determinada, leal e amiga que nunca vou esquecer na minha. A atitude correta, coerente e parceira do governador Tarcísio”, elogia. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), responsável pela indicação de Ricardo Mello Araújo (PL) como vice na chapa à reeleição, não aparece no primeiro programa eleitoral do segundo turno.

Nunes ainda explora a rejeição a Boulos, aliado do presidente Lula (PT), e afirma que a eleição paulistana apresenta candidatos antagônicos. “É a diferença entre a ordem e a desordem, a experiência e a inexperiência, a diferença entre o diálogo e o radicalismo. Vamos continuar no caminho seguro criando possibilidade para aqueles que desejam ter oportunidades”, discursa.

O horário eleitoral de Boulos começou destacando a presença petista na campanha do candidato a prefeito pelo Psol com imagens da candidata a vice Marta Suplicy e de Lula, além de citar o eleitorado de Marçal na tentativa de atrair os votos que foram para o empresário, mais alinhado ao conservadorismo de direita na política.

“Você vai ter o privilégio de ser o prefeito de São Paulo, enquanto o seu amigo é presidente da República para a gente fazer a mais importante parceria para consertar essa cidade”, afirmou Lula durante um comício ao lado do candidato.

Na maior parte da propaganda eleitoral, Boulos ressaltou que “70% das pessoas votaram pela mudança” na capital do estado ao lembrar do resultado das urnas na disputa entre os três candidatos mais votados no primeiro turno. “A maioria da cidade de São Paulo deu um recado nas urnas, mesmo aquelas que pessoas que não votaram ainda em mim e na Marta. Mas 7 em cada 10 paulistas disseram que a gente precisa mudar’, argumenta Boulos, que acena ao eleitorado de Marçal, que deve ser decisivo no segundo turno.

“Eu entendo as pessoas que votaram no Marçal porque são pessoas, na sua maioria, que estavam indignadas, revoltadas, com o jeito que a política é feita hoje em São Paulo”, completa o candidato psolista.

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