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Presidente Lula (PT) lança Guilherme Boulos (Psol) para tentar recuperar a prefeitura de São Paulo.
Presidente Lula (PT) ao lado do deputado federal Guilherme Boulos (Psol)| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Em comício realizado neste sábado (24), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concentraram seus discursos em criticar o influenciador Pablo Marçal (PRTB) e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB) - adversários diretos nas eleições 2024. O evento ocorreu no Campo Limpo, zona sul da capital paulista.

Sem citar os rivais de Boulos, Lula disse que candidatos "outsiders" pouco duram no cargo. O presidente comparou esse tipo de candidato a "raposas querendo cuidar de um galinheiro". "Pelo amor de Deus, a gente não pode olhar uma raposa e achar que ela vai tomar conta de um galinheiro. A raposa pode ser simpática e cantar como uma galinha depois que põe o ovo, mas, se colocar a raposa no galinheiro, vai acordar de manhã e não vai ter nem raposa e nem galinha", disse o petista no evento.

Para Lula, o que está em jogo hoje no país é "a sobrevivência da democracia". O petista disse que tem "muito orgulho" de, pela primeira vez, pedir voto em São Paulo para um candidato que não é do PT, e que isso só é possível quando se pensa no interesse da maioria.

"Estamos juntando a energia de um jovem de 42 anos com a experiência da mais bem-sucedida administração da cidade de SP, da Marta Suplicy", afirmou, em referência ao lema da campanha, "coragem e experiência".

O petista comparou os adversários de Boulos aos presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello.

"Eu estou vendo a campanha agora e estou vendo algumas pessoas dizerem 'eu não sou da política, aquele não presta, aquele é ladrão, eu não sou da política, vote em mim que eu não sou da política, eu sou honesto'. Jânio Quadros dizia isso e só durou 6 meses na Presidência da República, o Collor de Mello dizia isso e só durou 2 anos na Presidência da República", declarou.

As críticas do petista ocorrem em meio à publicação do novo levantamento do Datafolha para a prefeitura de São Paulo, publicado na quinta-feira (22). Nele, Boulos tem 23% de intenção de voto, seguido por Marçal com 21% e Nunes com 19%, de acordo com divulgação feita pelos veículos de imprensa contratantes da pesquisa à prefeitura de São Paulo.

Metodologia: A margem de erro da pesquisa, realizada na terça (20) e na quarta (21), é de três pontos percentuais. Contratado pela Folha e pela Rede Globo, o levantamento ouviu 1.204 eleitores na capital e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número SP-08344/2024.

Boulos chama Nunes de "incompetente" e Marçal de "bandido"

Discursando ao lado de Lula, Boulos disse que não perderá a eleição para um "incompetente" como Ricardo Nunes ou para um "bandido" como Pablo Marçal.

"Não vou deixar um prefeito incompetente como Ricardo Nunes continuar naquela cadeira. E também não vou deixar um bandido como Pablo Marçal chegar perto da prefeitura de São Paulo. Aqui, não! Que vá lá para Goiás! Aqui não tem espaço para isso", declarou o candidato.

O parlamentar também afirmou que os adversários representam o que há de "pior" na política brasileira e que Nunes e Marçal são as "duas faces" do "bolsonarismo" na disputa.

"Do lado de lá a gente tem dois candidatos que representam o pior da política brasileira, o bolsonarismo. Aqueles que a gente derrotou com o nosso presidente Lula há dois anos. Do lado de cá a gente tem o time desse cara aqui, do melhor presidente da história", afirmou Boulos.

E acrescentou: "Vocês sabem qual é a nossa diferença para eles? É a seguinte: do lado de lá a gente tem um candidato que acredita que o morador da periferia tem que ser tratado diferente do morador dos Jardins. Aqui, não é que a gente acredita, a gente já fez e vai fazer."

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