Candidato em ascensão à Prefeitura de São Paulo, o empresário Pablo Marçal (PRTB) apareceu no ato contra o ministro Alexandre de Moraes, na avenida Paulista, no final do evento. Tentou subir no caminhão de som onde estava o ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo eleitorado busca conquistar, mas foi impedido pelo pastor Silas Malafaia, que contratou o veículo.
“Ele chegou no final, querendo aparecer. Ele não foi [antes] porque está com medo do Alexandre de Moraes, então é metido a corajoso, mas é frouxo. Chegou no final, quer subir para fazer graça e corte na campanha eleitoral? Comigo não. O palanque estava franqueado a todos os candidatos, até a garota do Novo subiu. Mas chegar no final?”, disse Malafaia à Gazeta do Povo.
Marçal acabou ficando na avenida, e cercado de cabos eleitorais, passou a aparecer em frente às câmeras de celular fazendo com mão o gesto do “M”, sua marca de campanha. Durante o ato, porém, apoiadores compareceram em peso, e vendiam bonés do modelo que ele usa. À reportagem, o adereço foi oferecido por R$ 50.
“O Marçal poderia ter subido no trio. Vários subiram, a candidata do Novo, [Marina Helena], do MDB, o [Ricardo] Nunes. Ele poderia ter ido ali. Me impressiona como ele não coloca adiante as bandeiras da liberdade quando o confrontado é o Alexandre de Moraes, isso tem que ser cobrado. Chegou ali, deu um alô e saiu”, provocou Eduardo Bolsonaro, em entrevista à Gazeta do Povo.
Ele disse não estar preocupado com a possível ascensão de Marçal em 2026, quando poderia fazer frente ao clã Bolsonaro. “Nós somos escravos do povo, o que o povo decidir, é o que a gente vai seguir”, arrematou.
Concorrente de Marçal, Marina Helena (Novo), que também vem conquistando votos na direita, subiu no trio elétrico de Bolsonaro. É a única, entre os postulantes à Prefeitura de São Paulo, que fala defende abertamente o impeachment de Alexandre de Moraes.
Além deles, também apareceu no ato, rapidamente, o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes, que conta com o apoio oficial do PL e de Bolsonaro. Chegou junto com o ex-presidente, com Tarcísio de Freitas, e com o candidato a vice, Mello Araújo (PL), todos tendo partido do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Nunes não discursou, ficou um tempo e depois saiu para outros compromissos.
Na disputa pela capital paulista, Bolsonaro defendia, inicialmente, o nome do deputado e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP). O nome dele, no entanto, foi vetado pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e Bolsonaro acabou indicando o vice na chapa de Nunes, Mello Araújo.
Após o ato, Salles elogiou Marçal, dizendo que ele “corajosamente encampou as bandeiras da direita”. “Veio aqui encontrar os eleitores e foi muito bem recebido, diga-se de passagem. Mostrou a cara, ao contrário do prefeito, que entrou meio escondido e saiu meio escondido do caminhão”, disse à Gazeta do Povo.
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