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Pablo Marçal fala sobre Alexandre de Moraes, Lula e PCC, em entrevista ao Roda Viva da TV Cultura.
Pablo Marçal fala sobre Alexandre de Moraes, Lula e PCC, em entrevista ao Roda Viva da TV Cultura.| Foto: Leandro Torres/Divulgação Pablo Marçal

O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, evitou criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e admitiu que “é difícil qualquer pessoa no Brasil hoje vencer o presidente Lula” na eleição de 2026. As declarações foram concedidas pelo empresário ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (2).

Ao ser perguntado sobre a suspensão do X, Marçal comparou a situação ao bloqueio de suas redes sociais. “É a mesma sensação que eu estou sentindo com as minhas redes. Agora, o Brasil inteiro está sentindo o que eu estou sentindo”, afirmou o candidato.

Pablo Marçal afirmou que exageros precisam ser investigados. “Qualquer exagero da parte dele, que o CNJ [Conselho Nacional de Justiça] entre em ação e ele [Alexandre de Moraes] responda por tudo”. Recentemente, Marçal foi pressionado por políticos de direita a se posicionar sobre as decisões de Moraes.

O candidato já declarou ser contra o impeachment do ministro, argumentando que a vaga na Corte seria preenchida por um indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Embora não tenha atacado diretamente Moraes, Marçal reconheceu que o STF está “descompensado”.

“O Supremo está muito político. Está tentando dosar uma radicalidade que tivemos no passado e acho que já passou do limite. Com todo o respeito aos 11 togados, já passou essa onda. O Brasil precisa ser unificado. A gente precisa baixar essa pressão. Nós confiamos na Justiça, mas não precisamos de uma Corte política. Não precisa legislar e nem atuar politicamente. Eles estão fazendo isso”, disse Marçal.

O Supremo está muito político, tentando dosar uma radicalidade que tivemos no passado e acho que já passou do limite.

Candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal

O candidato também alegou que as rusgas dele nas redes sociais com o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) foi estratégia para “acender o bolsonarismo”. “Pode perceber que depois que conversei com todos os cenários não tem ninguém me atacando, porque estava tendo um prejuízo para a figura do Bolsonaro e ao movimento de direita”.

Marçal: "quem votou no Lula deve ser idiota"

Com o histórico de prefeitos que deixaram a prefeitura de São Paulo para buscar cargos com projeção nacional, Marçal foi questionado se faria o mesmo para concorrer à presidência da República em 2026. “É difícil qualquer pessoa no Brasil hoje vencer o presidente Lula. A não ser que ele tenha o comportamento do [Joe] Biden, em razão do envelhecimento, e que o governador Tarcísio parta para a reeleição, para continuar o que ele vem fazendo muito bem” afirmou o empresário.

Marçal acrescentou a resposta com a opinião de que ninguém consegue vencer Lula. “Ninguém ganha dele, nem com a máquina do governo. Se o senhor [Lula] estiver bem emocionalmente, duvido que alguém o derrote”.

Apesar de reconhecer a força política de Lula, Marçal disparou: "Quem votou no Lula deve ser idiota, só pode. Porque tudo o que foi feito, roubo daquele, mais de R$ 1 trilhão, mais de dez processos, nove anos de condenação, três instâncias, 580 dias de cadeia, ele agora com dois anos, não vejo ninguém falando do rombo de R$ 1 trilhão fiscal, colocou dez novos impostos, só pode ser idiota para votar nele de novo", disse Marçal.

Marçal comenta suposto envolvimento do PRTB com o PCC

Um dos temas da campanha eleitoral na capital paulista que tem movimentado os candidatos é o suposto envolvimento do PRTB, partido de Pablo Marçal, com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Em resposta, Marçal afirmou - também ao programa Roda Viva - que optou por se afastar do presidente nacional do partido, Leonardo Avalanche.

“Peço que ele tenha bom senso. Resolvi me afastar, particularmente, dele, e estou seguindo a minha campanha em paz, porque é constrangedor o tempo inteiro ter que responder a essas questões”, afirmou Marçal.

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