A Executiva Municipal do PSDB em São Paulo rejeitou o pedido de expulsão do candidato a prefeito José Luiz Datena (PSDB). O pedido foi assinado por 42 filiados, em razão da agressão contra o candidato Pablo Marçal (PRTB) durante o debate promovido pela TV Cultura, no último dia 15, quando o tucano atirou uma cadeira no concorrente após troca de ofensas entre os dois.
“Após uma análise minuciosa dos fatos, o partido concluiu que as acusações formuladas por alguns filiados eram infundadas, uma vez que o incidente ocorrido durante o debate na TV Cultura não violou, direta ou indiretamente, as normas internas da agremiação. Ademais, na deliberação se firmou o entendimento de que Datena agiu em legítima defesa para repelir a injusta agressão perpetrada por Pablo Marçal”, explica, em nota, o advogado do PSDB-SP e da Federação PSDB-Cidadania, Guilherme Ruiz Neto.
Segundo o autor do pedido de expulsão de Datena, Renan de Freitas Poli, a falta de “arrependimento público” do candidato é um comportamento “incompatível com os valores defendidos pelo PSDB”, como o pluralismo de ideias e a convivência pacífica. “Essa atitude fere profundamente os princípios do partido, comprometendo seu legado e sua imagem pública. É essencial que o PSDB se dissocie de tais posturas para preservar a integridade de sua missão política”, argumenta o filiado tucano no documento pela abertura do procedimento disciplinar.
O pedido é mais um capítulo na queda de braço dentro do ninho tucano, onde o grupo representado pelo ex-presidente municipal da sigla, Fernando Alfredo, se manifestou contra a candidatura de Datena durante a convenção partidária realizada no final de julho.
A ala que defendia uma aliança pela reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi impedida de participar do evento na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde a candidatura de Datena foi lançada, oficialmente, após um discurso do candidato.
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