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Segundo turno em São Paulo
Nunes e Boulos disputam votos no segundo turno no dia 27 em São Paulo| Foto: Fotomontagem Gazeta do Povo (Wilson Dias/Agência Brasil e Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O temporal que atingiu a cidade de São Paulo na noite da última sexta-feira (11) e deixou um rastro de morte e destruição virou munição de campanha entre os candidatos ao segundo turno na capital paulista. Guilherme Boulos (Psol) chamou seu adversário de “incompetente” pelo longo período sem eletricidade. O prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), por sua vez, disse, em nota, que Boulos é um “oportunista profissional”.

Na capital paulista, a ventania chegou a 107,6 km/h, a mais forte desde 1995 de acordo com a Defesa Civil do estado. Informações da Enel apontam que às 20h de sexta, 2,1 milhões de clientes tiveram o fornecimento de energia elétrica afetado.

Uma criança, uma mulher e um idoso morreram soterrados em Bauru, no interior do estado, em decorrência da queda de um muro no bairro Samambaia. Já na cidade de São Paulo, pelo menos uma vítima faleceu devido à queda de uma árvore em um condomínio na zona sul de São Paulo.

Boulos: "É uma cidade sem prefeito"

Em seu perfil no Instagram, Boulos disse ter passado o período da manhã visitando famílias que estavam sem energia elétrica “com árvores que caíram por incompetência, pela ausência da prefeitura do Ricardo Nunes”. Por volta das 16h deste sábado (12), o candidato do Psol mostrou que sua casa, no Campo Limpo, estava sem luz havia 18 horas após o temporal.

“E não é só aqui na minha casa. São um milhão de famílias que estão sem luz até agora. É uma cidade sem prefeito. Além da Enel, que todo mundo sabe que é uma empresa horrorosa, tem um prefeito que foge das responsabilidades”, afirmou.

Nunes: "é preciso fiscalização do governo federal"

Em entrevista coletiva, Nunes afirmou que o contrato com a Enel é uma concessão, e que é preciso que haja fiscalização do governo federal. O prefeito disse ter ido à Brasília e acionado a Justiça “várias vezes em defesa dos interesses da população de São Paulo”.

“Eu estou ligando, brigando, discutindo, entrando na Justiça, representando no TCU, na Aneel e no Ministério de Minas e Energia. E o que a gente viu foi o presidente da República em junho, na Europa, dizendo que estão trabalhando para a renovação com a Enel”, reiterou.

Em nota, Enel disse que 18% dos clientes em São Paulo ainda estão sem energia

Criticada por Nunes e Boulos, a Enel disse, em nota oficial publicada em seu site, que até às 15h deste sábado (12) 650 mil clientes já estavam com o fornecimento de energia elétrica restabelecido em São Paulo. Às 20h de sexta-feira (11), após a passagem da tormenta, 2,1 milhões de unidades consumidoras estavam sem eletricidade.

"No momento, nossos técnicos seguem trabalhando para reconstruir trechos da rede elétrica danificados e restabelecer o serviço para cerca de 1,45 milhão de clientes impactados, o que representa cerca de 18% dos clientes da distribuidora. Reforçamos as equipes em campo com até 2500 técnicos e estamos recebendo apoio de equipes do Ceará e do Rio de Janeiro", detalhou a Enel.

Os bairros mais afetados pelo temporal, segundo a empresa, são Santo Amaro, Jardim São Luís, Socorro, Pinheiros, Americanópolis, Vila Andrade, Jardim Vaz de Lima, Alto de Pinheiros, Jardim Martini e Jardim Mariane, a maior parte na Zona Sul da capital. Taboão da Serra,  Cotia, São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema, além de São Paulo, tiveram problemas no fornecimento de eletricidade após o temporal.

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