Problema perdura por mais de 30 anos na capital paulista com consumo de drogas ao ar livre| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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A cracolândia, localizada no centro de São Paulo, é um dos principais problemas da cidade apontados pelos eleitores paulistanos. Há cerca de 30 anos, o local é conhecido nacionalmente pelo uso de drogas ao ar livre e pelas inúmeras tentativas frustradas de uma solução pelo poder público.

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Os candidatos à prefeitura de São Paulo apresentaram propostas para acabar com a cracolândia envolvendo as áreas de segurança pública, assistência social, moradia, saúde e parcerias com o governo estadual e federal. Confira as propostas:

Guilherme Boulos (PSOL)

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O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, propõe uma política integrada entre segurança urbana, saúde, assistência social e direitos humanos para resolver o problema da cracolândia. Aliado do presidente Lula (PT), o candidato apresenta cinco propostas:

  • Gabinete Integrado para a cracolândia;
  • Centros de Atenção Psicossocial (Caps) móveis para álcool e drogas;
  • Inspetoria especial de segurança urbana para os bairros da Luz, Campos Elíseos e Santa Ifigênia;
  • Geração de emprego e renda;
  • Integração de acolhimento habitacional com cuidados sociais.

A palavra "cracolândia" aparece três vezes nas 40 páginas do plano de governo de Boulos.

José Luiz Datena (PSDB)

O candidato José Luiz Datena (PSDB) não detalha em seu plano como pretende acabar com a cracolândia, mencionando apenas parcerias com os governos estadual e federal para combater o crime e impedir a chegada dos entorpecentes aos usuários.

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“A droga destrói famílias e fortalece o crime. A política do meu governo será de tolerância zero. Atuarei para impedir que as drogas cheguem às cracolândias espalhadas por políticas mal planejadas, trabalhando com o governo estadual para repressão e com o governo federal para intensificar o combate ao tráfico nas fronteiras”, afirma Datena em seu plano.

O termo "cracolândia" aparece apenas uma vez nas 42 páginas do plano de Datena.

Marina Helena (Novo)

A candidata do Novo, Marina Helena também propõe parcerias com o governo estadual. Marina apresenta três medidas para enfrentar a cracolândia:

  • Parcerias com instituições de tratamento e o governo estadual para oferecer tratamento integrado;
  • Contratação de ONGs e empresas privadas com base em eficiência para reduzir a miséria;
  • Programas de reinserção da população de rua no mercado de trabalho, em parceria com o setor privado.
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A palavra "cracolândia" aparece quatro vezes nas 21 páginas do plano de Marina Helena.

Pablo Marçal (PRTB)

O candidato do PRTB, Pablo Marçal, menciona o aumento das cracolândias em São Paulo, mas não detalha as medidas que podem ser tomadas na capital paulista.

“Em São Paulo, a questão das cracolândias é grave, com 16 áreas de fluxo de usuários, principalmente no centro. Pesquisa de 2023 mostrou que 53% dos moradores relatam a presença de cracolândias em seus bairros, com cerca de 2.500 pessoas vivendo nessas áreas”, diz o plano de Marçal.

O termo "cracolândia" aparece quatro vezes nas 100 páginas do plano de Marçal.

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Ricardo Nunes (MDB)

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) cita depoimentos de pessoas que saíram da cracolândia durante sua gestão, mas não apresenta novas ações, caso seja reeleito. O plano menciona as medidas já realizadas por Nunes no primeiro mandato como prefeito:

  • Iluminação LED em 99,5% da cidade;
  • Aumento de 2 mil guardas na GCM;
  • Operação Delegada com 2,4 mil Policiais Militares diários;
  • Programa Smart Sampa com câmeras e drones;
  • Modernização da Guarda Civil Metropolitana;
  • Aumento de 72% no salário inicial da GCM;
  • Triplicação do orçamento da Segurança Urbana.

A palavra "cracolândia" aparece duas vezes nas 35 páginas do plano de Nunes.

Tabata Amaral (PSB)

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A candidata do PSB, Tabata Amaral, defende uma política integrada entre saúde, assistência social, segurança e urbanismo para resolver o problema das drogas na cracolândia, utilizando o termo "cena de uso aberto". A candidata propõe sete medidas:

  • Atendimento especializado em dependência química e saúde mental;
  • Equipes de assistência social;
  • Ressignificação dos territórios ocupados;
  • Criação do Distrito Eletrônico da Santa Ifigênia;
  • Combate ao crime organizado com inteligência;
  • Centro de Justiça Restaurativa para crimes relacionados a drogas;
  • Integração eletrônica entre a GCM e o Judiciário.

O termo "cracolândia" aparece quatro vezes nas 39 páginas do plano de Tabata Amaral.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]