O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que pretende “mergulhar de cabeça” na campanha do prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB). A declaração ocorreu antes da confirmação de que Nunes e Guilherme Boulos (Psol) disputarão o segundo turno.
Apesar de oficialmente apoiar Nunes, parte dos apoiadores de Bolsonaro migraram para Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar na disputa. O ex-presidente disse que participou de forma “bastante discreta” da campanha de Nunes, porque “havia uma dúvida” se “poderia atrapalhar”.
Ele disse esperar que os votos de Marçal “majoritariamente de direita” migrem para Nunes no segundo turno. "Esses 30% do Marçal, te garanto que não vão para o Boulos", afirmou.
“Alguns estavam apaixonados por esse amor de verão [Marçal], mas os votos vão migrar para nós”, acrescentou Bolsonaro. Com 100% das urnas apuradas, Nunes teve 29,48% da preferência dos eleitores (1.801.139 votos); Boulos conseguiu 29,07% (1.776.127 votos), e Marçal registrou 28,14% (1.719.274 votos).
Apoio de Tarcísio foi exaltado por Nunes após resultado do 1º turno
O apoio tímido de Bolsonaro a Nunes fez com o governador Tarcísio de Feitas (Republicanos) se destacasse na campanha do prefeito. Após o resultado do primeiro turno, Tarcísio foi ovacionado por apoiadores e chamada de "grande irmão" pelo prefeito.
"O Tarcísio nos ajudou muito antes das eleições, tem sido um grande irmão, com parcerias com a prefeitura que nos possibilitaram avançar muito em uma harmonia entre equipes e de trabalho que foi de fundamental importância", afirmou o candidato do MDB.
"O Tarcísio, além desse trabalho fundamental, também durante a campanha não mediu esforços. Isso é uma coisa que nunca vou esquecer na minha vida, essa atitude de parceria", acrescentou Nunes.
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