O ex-juiz Sergio Moro| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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Uma ala do União Brasil, liderada pelo secretário-geral do partido e pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto, afirmou que vai pedir nesta sexta-feira (1º) que a filiação de Sergio Moro ao partido seja impugnada. A declaração ocorreu horas depois que o ex-juiz disse à imprensa que "não desistiu de nada". A impugnação, segundo Neto, será assinada por oito membros com direito a voto na executiva do partido.

A entrada de Moro no União Brasil foi respaldada por Luciano Bivar, presidente da legenda, e outros membros do extinto PSL, mas tem sido contestada por políticos que pertenciam ao também extinto DEM – os dois partidos se fundiram no ano passado para criar o União Brasil.

"Vamos apresentar, ainda hoje, um requerimento de impugnação da filiação dele. Será assinado pelos 8 membros com direito a voto no partido, o que corresponde a 49% do colegiado. A filiação, uma vez impugnada, requer 60% para ter validade", disse Neto. De acordo com o estatuto da sigla, toda decisão deve ser colegiada e precisa de pelo menos 60% da executiva nacional para ser referendada.

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Também na noite desta sexta, o deputado federal Alexandre Leite divulgou uma nota reforçando o entendimento de que Moro entrou no partido para uma candidatura por São Paulo. "O União Brasil São Paulo reafirma que a filiação do ex-juiz Sergio Moro se deu com a concordância de um projeto pelo estado de São Paulo, isto é, deputado estadual, deputado federal ou, eventualmente, senador. Em caso de insistência em um projeto Nacional, o partido vai impugnar a filiação de Moro", diz o comunicado.

Nesta quinta-feira, após o anúncio da filiação de Moro, algumas das principais lideranças do União Brasil – como ACM Neto, Efraim Filho, José Agripino Maia, Ronaldo Caiado, Prof. Dorinha, Mendonça Filho, Davi Alcolumbre e Bruno Reis – lançaram uma nota afirmando que concordavam que o ex-juiz se juntasse ao partido para construir uma candidatura por São Paulo, mas reforçam que seu ingresso não poderia se dar na condição de pré-candidato presidencial.