O vice presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) foi confirmado na tarde terça-feira (1º) como coordenador do governo de transição. Com isso, Alckmin será o responsável por negociar a transição entre o presidente eleito Luiz Inácio Lula Silva com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), ela e o ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador do plano de governo de Lula, irão auxiliar Alckmin pelos próximos dois meses. A transição é prevista em lei de 2002 e em decreto presidencial de 2010. O eleito pode nomear um coordenador para a transição e cerca de outros 50 cargos para acessar dados e poder fazer o planejamento do novo governo.
Líderes do PT indicam que o silêncio do presidente Bolsonaro sobre o resultado da eleição precisa ser relativizado e a equipe de Lula dará um tom de "normalidade" para o processo. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, já conversou com Gleisi Hoffmann e sinalizou que irá prestar todo apoio necessário na transição.
Cabe ao ministro nomear os indicados pelo governo eleito e, em tese, os titulares dos órgãos e entidades da administração pública são obrigados a fornecer os dados solicitados pelo coordenador da equipe. Os cargos de transição contam com salários que vão de R$ 2.701,46 a R$ 17.327,65.
Os principais líderes do PT e dos partidos da coligação que elegeu Lula devem compor o grupo. A equipe de transição despachará do prédio do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília. Além da transição, Alckmin já conversou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar sobre o orçamento, primeiro tema discutido pela equipe de Lula.