A Frente Parlamentar Evangélica (FPE) no Congresso Nacional criticou nesta quinta-feira (20) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por decisões que restringiram a cobertura política da Jovem Pan. Na última segunda (17), a Corte eleitoral determinou que a Jovem Pan conceda três direitos de resposta ao PT por divulgação de ofensas e fatos sabidamente inverídicos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é candidato a presidente da República.
O comunicado é assinado pelo presidente da bancada evangélica, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). O grupo manifestou "total repúdio contra todo e qualquer tipo de tentativas de cerceamento da liberdade de imprensa e de expressão, seja contra jornalistas, comunicadores sociais, veículos e/ou grupo de comunicação, que exercem o seu real papel de bem informar à sociedade".
"A Justiça Eleitoral contrariou o princípio Constitucional de Liberdade de Expressão e de Imprensa, impondo censura à sua livre atividade, como também uma decisão em que o STF (Supremo Tribunal Federal) proíbe qualquer obstáculo a atividade jornalística, quando determina que fatos sejam tratados pelo grupo de Comunicação de modo informativo ou crítico", diz o documento.
Para a FPE, "o que nos surpreende é que justamente aqueles que deveriam ser os mais ferrenhos guardiões da democracia estão exatamente atuando para enfraquecê-la, impondo o cerceamento da livre circulação de conteúdo jornalístico, de ideais e de opinião". Além disso, a bancada evangélica criticou a "proibição da veiculação da fala do Ex-Ministro do STF Marco Aurélio de Mello na peça publicitária de campanha do candidato Bolsonaro, à Presidência da República, na propaganda eleitoral gratuita para rádio e TV".