O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a reunião com embaixadores estrangeiros para debater as eleições no Brasil, que deve acontecer nesta segunda-feira (18), irá contar com a presença de representantes de ao menos 40 países. A declaração foi feita no domingo (17), durante conversa com jornalistas. Na reunião, Bolsonaro pretende expor os motivos de sua desconfiança sobre as urnas eletrônicas, o tipo de fiscalização que considera necessário nas eleições, bem como suas críticas à atuação dos ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Uns 40 embaixadores já confirmaram. Alguns estão fora do Brasil. Vai participar do Ministro da Defesa porque ele foi convidado a integrar o Comitê de Transparência Eleitoral. Ele tem seus posicionamentos para fazer”, afirmou Bolsonaro. Fachin, que atualmente ocupa a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi convidado para o encontro, mas recusou, alegando que o dever da imparcialidade o impede de participar.
Bolsonaro também voltou a cobrar o encontro entre técnicos do governo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para debater as urnas eletrônicas. “O ministro Fachin fala que a gente já se reuniu algumas vezes com os generais. Com todo respeito aos generais, eles não têm conhecimento técnico. Assim como os ministros do TSE também não têm. E nós, desde o começo, queremos reunião entre os grupos técnicos. Os nossos e os deles, bem como da Polícia Federal, da CGU, talvez do TCU também. É um debate técnico”, afirmou o presidente.
“Nós continuamos querendo essa reunião. Parece que estão dispostos daqui a 15 dias. Ou seja, estão esticando a corda até chegar um momento onde você não possa fazer mais nada. Daí tem que aceitar a proposta deles. O que nós queremos é acabar as eleições e nem um lado ter qualquer dúvida”, disse Bolsonaro, que aproveitou para criticar declarações recentes do ministro Edson Fachin.
“Quando o Fachin fala que podemos ter um novo Capitólio, o que ele quer dizer com isso aí? Só faltou ele falar Lula presidente e que eu vou invadir o TSE. Só faltou ele falar isso aí. Ninguém quer rompimento, ninguém quer ruptura. Ninguém quer não. Nós não queremos, né. O outro lado provoca o tempo todo.