Em agenda de campanha no Nordeste, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a fazer críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), falou em manter o preço da gasolina e em reindustrializar a região. O candidato à reeleição esteve em Teresina, Fortaleza e São Luís neste sábado (15).
As viagens ao Nordeste cumprem a estratégia traçada por estrategistas de Bolsonaro em evitar o fortalecimento de Lula no Nordeste e expandir a base eleitoral. O presidente disse ser "mentira" afirmar que associou a vitória de Lula ao analfabetismo na região, chamou o petista de "ladrão sem caráter" e insinuou que o ex-presidente tenha manifestado apoio a integrantes de organizações criminosas a respeito da sigla "CPX", uma abreviação da palavra "complexo".
Em comício em Teresina, Bolsonaro destacou que o país tem "uma das gasolinas mais baratas do mundo" e negou que o preço do combustível vai aumentar após as eleições caso ele se reeleja, como sugere o PT em propaganda eleitoral veiculada na rede nacional de TV. "Dizer que vai aumentar depois das eleições é mais uma mentira do PT”, disse.
Em Fortaleza, voltou a alegar que nunca criticou os nordestinos e falou em reindustrializar a região. "O Nordeste vai se transformar em poucos anos no maior produtor de energia limpa do mundo, com eólicas na costa. É a reindustrialização do Nordeste. A esquerda administrou Nordeste por 20 anos, se eles fossem bons isso aqui seria uma Suíça. Quiseram colar em mim que eu estava criticando povo nordestino, mas não fui eu que fiz a pesquisa sobre a votação", disse.
Em São Luís, destacou as ações do governo durante a pandemia da Covid-19, como a compra de vacinas e a criação do Auxílio Emergencial, e falou sobre legados de seu governo, como recuperação econômica e a criação do Auxílio Brasil, e voltou a criticar Lula. "O outro lado prometeu água para o Nordeste e não trouxe. Agora, promete picanha e cerveja. Pelo amor de Deus", comentou.