Algumas das maiores centrais sindicais do país vão entregar nesta terça-feira (27) um documento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, determine o fechamento dos clubes de tiro em todo o país, incluindo reuniões, treinamentos e competições, três dias antes e três dias após a realização dos dois turnos de votação nas eleições deste ano, marcadas para os dias 2 e 30 de outubro. Segundo as entidades, a violência política tem sido preocupante no processo eleitoral atual. Recentemente o TSE proibiu o porte de armas de fogo nos dias de votação.
O requerimento pede ainda a suspensão do porte de trânsito de armas para todos os civis que não participem o sistema de segurança das eleições, o reforço da segurança nas zonas eleitorais de todo o país, um plano de segurança envolvendo os órgãos federais, estaduais e municipais e um canal de comunicação direto de denúncias para os casos de violência política.
“A tensão sobre o processo eleitoral está expressa na violência perpetrada contra eleitores, algumas vezes ocorrendo assassinatos, agressão a jornalistas, aos trabalhadores dos institutos de pesquisa, aos militantes e ativistas dos candidatos da oposição. É dramático termos que enfrentar esse tipo de regressão no padrão das relações políticas, quando concebemos que o respeito e a tolerância são bases para o exercício livre do direito de opinião e de escolha pelo voto”, diz um trecho do documento, assinado por representantes da Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).