A cúpula do Centrão estaria pressionando o presidente Jair Bolsonaro (PL) a substituir o general Walter Braga Netto pela deputada Tereza Cristina (PP-MS) como vice de sua chapa. O nome da ex-ministra da Agricultura começou a ser cogitado após Bolsonaro estagnar nas pesquisas de intenção de voto. A avaliação seria de que a mudança poderia ajudar a campanha à reeleição por ser um contraponto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de atrair o voto feminino, segmento no qual Bolsonaro enfrenta rejeição, e ampliar a adesão de líderes do agronegócio, informou o Estadão. Tereza Cristina deve se reunir nesta quarta-feira (15) com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
A possível troca de vice na chapa conta com o apoio do coordenador da campanha, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ); do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira; do presidente da Câmara, Arthur Lira, ambos do PP, e do presidente do PL. O comando da campanha considera que não é mais possível adiar a decisão.
Braga Netto deixou o comando do Ministério da Defesa no dia 31 de março e passou a ser assessor especial de Bolsonaro. Com a possibilidade de ser o vice de Bolsonaro, o ex-ministro se filiou ao PL. Caso o presidente opte por Tereza Cristina, Braga Netto poderia voltar a chefiar a Defesa.
Em março, o chefe do Executivo disse em entrevista à Jovem Pan, que seu vice nasceu em Belo Horizonte e estudou em colégio militar, duas características que se encaixam em Braga Netto. O mandatário ainda não definiu oficialmente quem será seu vice. Agora, o presidente afirma que tanto Braga Netto quanto Tereza Cristina são “cotadíssimos” para compor a chapa da reeleição. “Eu nem falei que é Braga Netto meu vice. Vou trocar de esposa se nem casei ainda?”, disse Bolsonaro nesta quarta-feira (15).