O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) criticou a campanha feita pelo ex-presidente Lula (PT) para tentar atrair o voto útil na disputa do primeiro turno das eleições. Em entrevista publicada pelo jornal Correio Braziliense nesta sexta-feira (23), Gomes comparou a iniciativa como uma ação de aniquilação política. Segundo ele, nem Lula nem Bolsonaro apresentam propostas reais para o Brasil e essa polarização entre seus dois principais adversários se trata de um estelionato eleitoral, declarando ainda que o eleitor está desorientados pelo ódio e pela paixão “para votar contra o comunismo e contra o fascismo".
Ao ser questionado sobre a campanha dos petistas pelo voto útil, Ciro afirmou que o poder corruptor de Lula não tem limites. “O poder corruptor do Lula é uma coisa que não tem limite, ficou uma pessoa que não conheço mais. Um cara que tenho uma amizade respeitosa há 30, 40 anos, mas virou um corruptor sem reserva nem limite”, disse.
“Represento essas grandes maiorias, desorientadas pelo ódio, pela paixão, para votar contra o fascismo contra o comunismo. Lula e Bolsonaro são as duas faces da mesma moeda. É o sistema nos colocando para brigar para ver quem segura a manivela. Lula é o cara da boa conversa, da simpatia; Bolsonaro é o truculento, o bruto, o facistoide. Eu sei diferenciar, mas não é isso que vai colocar comida no prato", disse.
"Adorar político é coisa de povo idiota; nenhuma nação do mundo adora político. Político tem que ser olhado com desconfiança”, afirmou Gomes, reclamando mais uma vez da iniciativa petista. “Repare: não fazem essa campanha sórdida com os eleitores da Simone (Tebet). Por que? A Simone, sendo uma pessoa respeitada, é comprometida com o modelo também”, afirmou Gomes.
Ao falar sobre o que pretende fazer se perder novamente a disputa pela Presidência da República, Ciro voltou a criticar os petistas e os comparou aos nazistas.
“Estou muito chocado com a falta de escrúpulo do Lula e do PT, estou muito chocado, é impressionante. Me sinto como um cara objeto de extermínio. Eles não querem me derrotar: querem me exterminar. Quase 40 anos de ajudar de vagabundos, quase 40 anos de ajuda para eles e não houve uma parada. Quando o filho do Lula se enrolou no esquema da GameCorp — nunca contei isso pra ninguém —, fui lá ver o que podia fazer. Não tem respeito, nem pudor. São nazistas mesmo e ficam acusando o Bolsonaro de fascista, que é também”, declarou Gomes.