Movimento de cargas no terminal de contêineres do porto de Suape (PE)| Foto: José Paulo Lacerda/CNI
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou o estudo Integração internacional: abertura com competitividade aos presidenciáveis indicando a necessidade de ampliação da competitividade das empresas brasileiras como parte de uma agenda para melhor inserção do Brasil nas cadeias globais de produção.

O Brasil concentrou as vendas de bens industriais ao exterior em uma magnitude dez vezes maior que a média do G-20 nas últimas duas décadas. Entre os anos de 2002 e 2006, 28,1% da pauta exportadora brasileira, em média, era composta pelos dez principais produtos industriais. Esse número passou para 49,3% entre 2017 e 2020, uma diferença de 21,2 pontos percentuais. Na comparação dos mesmos períodos, a concentração da pauta exportadora dos países do no G-20 subiu apenas 2,3 pontos percentuais.

A baixa variedade da pauta exportadora traz risco de dependência de ciclos de produção e de preços desses itens. Entre 1997 e 2020, as exportações dos dez principais produtos cresceram 24 pontos percentuais (de 30,1% para 54,1%). A concentração também aconteceu nas exportações da indústria de transformação, em direção a produtos menos intensivos em tecnologia.

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“A desindustrialização e concentração da pauta exportadora são resultados de um processo de perda de competitividade da indústria brasileira nas últimas décadas. Para reverter esse cenário, é preciso alinhar políticas de abertura de mercados e de aumento da competitividade.”, afirma o superintendente de Desenvolvimento Industrial da CNI, Renato da Fonseca.

Os pilares de integração global propostos pela entidade empresarial incluem o aumento da rede de acordos comerciais e de investimentos, o aperfeiçoamento das normas de tributação dos investimentos, o uso de instrumentos de defesa comercial e combate ao comércio ilegal e o enfrentamento de barreiras às exportações.