O candidato durante debate realizado pela Band, no início de outubro.| Foto: Reprodução/Facebook
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A defesa de Leandro Azevedo, um dos delatores da empreiteira Odebrecht, afirmou, à Justiça Eleitoral, que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) cometeu "equívocos" na denúncia feita contra o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), que concorre novamente ao Executivo na capital. Paes foi denunciado por corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Segundo os advogados, os valores pagos a Paes em 2012, que somaram R$ 10,8 milhões, constituíram caixa 2 eleitoral, e não propina, como havia afirmado o MP-RJ. “O requerido [delator] esclareceu ao MP-RJ que acreditava que as contribuições permitiam que essa relação fosse boa, dentro das difíceis circunstâncias atinentes ao temperamento de Eduardo Paes. Desse modo, as contribuições de campanha não estavam, de maneira alguma, condicionadas à prática de qualquer ato concreto pelo então prefeito”, diz o texto da defesa, conforme apurou a Folha de S. Paulo. Em nota ao jornal, o MP-RJ afirmou que a denúncia não se apoia, somente, nos depoimentos do delator mas que, à Justiça, Azevedo disse que "o apoio à campanha teria facilitado o acesso direto da Odebrecht ao então prefeito, acesso que foi efetivamente utilizado para obter a liberação de pagamentos em atraso”.