O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.| Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE.

O Ministério da Defesa informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (19) que só entregará o relatório sobre as urnas eletrônicas após o segundo turno das eleições. O documento foi encaminhado como resposta à cobrança do presidente da Corte eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, que havia dado 48 horas para as Forças Armadas apresentarem o relatório. Moraes também solicitou que a pasta informe a fonte do recurso utilizado para realizar a auditoria.

No documento, a Defesa afirmou que "um relatório conclusivo, contemplando toda a extensão da sua atuação, será encaminhado ao TSE ao término do processo". “A emissão de um relatório parcial, baseado em fragmentos de informação, pode resultar-se inconsistente com as conclusões finais do trabalho, razão pela qual não foi emitido”, argumentaram os militares.

Segundo a pasta, o relatório final será encaminhado ao TSE em até 30 dias após o encerramento da última etapa do plano de trabalho da equipe de fiscalização das Forças Armadas. A resposta ao TSE traz uma nota técnica enviada assinada pelo coronel aviador Wagner Oliveira da Silva, subchefe da equipe de fiscalização das Forças Armadas, e pelo contra-almirante Paulo Roberto Saraiva, subchefe de Comando e Controle.

"Por todo o exposto, é possível concluir que as Forças Armadas, na condição de entidade fiscalizadora legitimada a participar do processo, vêm executando as atividades de fiscalização do sistema eletrônico de votação de acordo com os momentos e mecanismos previstos na Resolução nº 23.673/2021. Ainda, conclui-se que um relatório conclusivo, contemplando toda a extensão da sua atuação, será encaminhado ao TSE ao término do processo e que as despesas correspondentes se restringem a pagamentos de diárias e passagens, custeadas com os recursos próprios do Ministério da Defesa 2000", conclui o documento.