O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), declarou que não irá concorrer a nenhum cargo nas eleições de outubro e que, por ora, deve se dedicar à iniciativa privada. As afirmações foram feitas nesta segunda-feira (13), durante café da manhã com jornalistas, realizado em São Paulo.
No evento, Doria fez um balanço de sua trajetória e afirmou não ser um profissional da política e sim um gestor na política. “Foi esse o papel que eu cumpri na prefeitura e no governo do estado”, disse. “Ao longo desses seis anos cumpri o meu dever e minha obrigação. Fizemos mandatos corretos, inovadores, transformadores e honestos. Erramos tentando acertar, mas acho que acertamos mais por aquilo que realizamos”, disse Doria.
“Não vou sair do Brasil. Continuarei aqui, voltando para o setor privado, de onde eu vim. A partir de agora retorno para a minha vida privada. Recebi um honroso convite para integrar o LIDE (Grupo de Líderes Empresariais) (...) Volto para o setor privado, orgulhoso pelo trabalho que realizamos, por aquilo que fizemos, pelas transformações que proporcionamos em São Paulo, pelos empregos que foram aqui gerados, pelas vidas que foram salvas, pelo amparo aos mais pobres, aos mais humildes. Pelos 124 milhões de doses de vacinas que trouxemos. Por termos escolhido o caminho certo e correto da defesa da vida e da ciência”, afirmou o ex-governador, garantindo ainda que não se arrependeu por nenhuma medida adotada no estado durante a pandemia.
O movimento ocorre menos de um mês depois que Doria abriu mão de sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PSDB. Durante a conversa com jornalistas Doria também descartou a hipótese de deixar o partido. “Tomei a decisão, como vocês sabem, de deixar a minha postulação, ainda que legitimada pelas previas para Presidência da República, dadas as circunstâncias que todos vocês já sabem, mas isso não me coloca em antagonismo ao PSDB. Eu continuo no PSDB. Não me desfilei e não vou me desfiliar”, garantiu.