A base de aliados do governo de Jair Bolsonaro usou as redes sociais para criticar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e espalhar suspeitas contra a segurança das urnas eletrônicas, além de voltar a pedir o voto impresso. As declarações ocorreram após instabilidades e maior lentidão da corte para divulgação dos resultados, além de uma tentativa de ataque hacker mais cedo que foi neutralizado. As falas também surgiram após os candidatos apoiados por Jair Bolsonaro - como Celso Russomanno em São Paulo, Bruno Engler em Belo Horizonte e Marcelo Crivella no Rio - não decolarem, de acordo com pesquisas boca-de-urna e com os resultados iniciais da apuração.
"O ataque hacker, partido do exterior, não afeta a apuração da eleição, mesmo tendo exposto dados de funcionários do TSE, disse o TSE. Mas sempre há o risco. Se já tivesse sido implementado o voto impresso as eleições estariam garantidas, fora a questão da transparência e auditoria", afirmou no Twitter o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL). "E-título e site do TSE travaram... hackers agindo livremente... nenhum sistema é plenamente confiável... por isso, o VOTO IMPRESSO se impõe", postou o deputado federal Major Vitor Hugo (PP), ex-líder do governo na Câmara, substituído este ano por representante do Centrão.
O TSE enfrenta dificuldades neste domingo, 15, para divulgação dos resultados do pleito de 2020. O órgão afirmou há instantes que não há problemas na apuração dos resultados, e sim apenas na plataforma de publicação dos números. Mais cedo, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, relatou que houve uma tentativa de ataque ao sistema que abriga as informações da Justiça Eleitoral, mas, segundo ele, isso foi totalmente neutralizado e não gerou nenhum prejuízo ao processo.