O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agradeceu ao ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, conhecido como Maninho do PT, durante o ato que participou neste sábado (9), em Diadema (SP). Maninho é réu junto com o filho sob a acusação de tentativa de homicídio qualificado contra o empresário Carlos Alberto Bettoni.
"Esse companheiro Maninho ficou preso sete meses por me defender (…) Ficou preso sete meses porque resolveu não permitir que um cara ficasse me xingando na porta do instituto", disse Lula.
Bettoni foi agredido pelo ex-vereador depois de gritar ofensas contra o PT em frente ao Instituto Lula, em São Paulo. Maninho empurrou o empresário, que bateu a cabeça em um caminhão que passava no local.
"Quero em teu nome agradecer a toda a solidariedade do povo de Diadema. Foi o Maninho e o filho dele que estiveram nessa batalha. Essa dívida que tenho com você jamais a gente pode pagar em dinheiro. A gente pode pagar em solidariedade e companheirismo", completou Lula.
A agressão se deu em 5 de abril de 2018. Na ocasião, petistas estavam reunidos no local na data em que o então juiz Sergio Moro havia expedido uma ordem de prisão contra Lula por processos da Lava Jato.
A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva de Maninho e de seu filho, Leandro Eduardo Marinho, em 11 de maio de 2018, dois dias depois de apresentada a denúncia pelo Ministério Público. O promotor Luiz Eduardo Levit Zilberma os processou por tentativa de homicídio por motivo torpe e cruel.
Maninho e seu filho foram soltos em dezembro do mesmo ano, por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Corte estabeleceu medidas alternativas, como o comparecimento periódico a um juiz. No acórdão, os ministros citaram o fato de Maninho e seu filho serem réus primários com bons antecedentes.