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Petista Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro (PL)| Foto: Mohammed Badra/EFE; Alan Santos/PR

Pesquisa eleitoral Exame/Ideia, divulgada nesta quinta-feira (24), mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha 34,6% das intenções de voto na pesquisa espontânea – quando o entrevistador não apresenta os nomes dos candidatos – enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparecia com 25%. Ou seja, a soma do voto espontâneo em Lula e Bolsonaro, em março, era de 59,6%.

Na avaliação do presidente do instituto Ideia, Maurício Moura, esse dado é "histórico". "Nunca na história, falando deste período eleitoral presidencial, tivemos uma soma tão alta de votação espontânea", avalia. "Isso significa que vamos entrar em uma campanha com níveis nunca antes vistos de engajamento dos eleitores em duas candidaturas. É claro que estamos falando de um presidente em exercício e um ex-presidente com a popularidade do Lula, mas é algo muito substancial que mostra não só o grau de polarização como a pouca janela que a campanha vai ter para trazer convencimento para potenciais eleitores".

Já a soma do voto espontâneo entre os candidatos da chamada terceira via – Sergio Moro (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Eduardo Leite (PSDB), João Doria (PSDB) e André Janones (Avante) – está na casa dos 10%. "A cada mês que passa essas candidaturas não conseguem se mover tanto no voto espontâneo quanto no estimulado. Assim, elas se distanciam da polarização que está cada vez mais consolidada entre Bolsonaro e Lula", diz Moura.

O instituto Ideia entrevistou, por telefone, 1.500 eleitores entre os dias 18 e 23 de março. O levantamento foi contratado pela revista Exame e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o protocolo BR-04244/2022. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. Saiba aqui como foi o desempenho dos pré-candidatos a presidente na pesquisa Exame/Ideia de março.