Henrique Meirelles e mais cinco ex-presidenciáveis declaram apoio a Lula na corrida eleitoral de 2022.| Foto: Ricardo Stuckert/Twitter Lula
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Em ato de campanha realizado na manhã desta segunda-feira (19), o ex-presidente da República e candidato do PT ao posto, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu apoio público do ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (União Brasil), e de outros nomes que disputaram eleições anteriores no país.

O evento, realizado em um hotel de São Paulo, contou com novas adesões entre as quais Meirelles é destaque, por indicar uma espécie de aceno ao mercado. Na reunião, que foi transmitida ao vivo no canal do Youtube do candidato petista, Meirelles disse estar ao lado de Lula "com tranquilidade e confiança porque sabe o que pode funcionar para o Brasil".

Presidente do BC por oito anos durante a gestão petista, Meirelles citou números dos governos de Lula, mas também direcionou críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição. Mencionou "descontrole inflacionário e fiscal atual" ao criticar iniciativas classificadas por ele como "injeção eleitoreira de recursos na economia" e que "vai criar um problema grande para ser resolvido a frente", com "herança" de baixo crescimento para o PIB brasileiro.

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O ato organizado pelo PT contou com outras duas novas declarações de apoio a Lula na corrida eleitoral de 2022: Cristovam Buarque e João Vicente Goulart.

Outros ex-pleiteantes à presidência que estiveram presentes foram Cristovam Buarque (Cidadania) e João Vicente Goulart (PCdoB), além de Guilherme Boulos (PSOL), Luciana Genro (PSOL) e Marina Silva (Rede), que já haviam declarado apoio ao petista, esta última em reaproximação na semana passada.

Ladeado por outros ex-presidenciáveis - seu atual vice de chapa Geraldo Alckmin (PSB) e Fernando Haddad, hoje candidato do partido ao Governo de São Paulo -, Lula afirmou que a reunião traz uma "fotografia [que] simboliza a reconstrução do Brasil". Ainda em sua fala, o candidato petista transpareceu reforço na tentativa de desidratação do eleitorado de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) para encerrar a disputa ainda no primeiro turno.

"Vocês serão chamados por esses companheiros que estão aqui a se decidirem no dia 2 [de outubro]. Se quiserem resolver o problema estou pronto a recebê-los de braços abertos", completou.

Meirelles concorreu à presidência pelo MDB em 2018, mesmo ano em que Boulos esteve na disputa pelo PSOL e João Vicente Goulart era o nome do PPL. Marina também estava na relação de candidatos daquele ano, pela Rede; antes, disputara a presidência em 2014, pelo PSB, e em 2010, pelo PV.

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Luciana Genro concorreu em 2014 como nome do PSOL e Cristovam Buarque esteva na disputa em 2006, pelo PDT.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]