Pré-candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet| Foto: Pedro França/Agência Senado
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A senadora do MDB Simone Tebet afirmou que a candidatura dela à Presidência da República está se tornando irreversível, diante do desempenho de outros nomes do "centro democrático". Em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste sábado (12), ela disse que "muitos já ficaram pelo caminho", citando que o União Brasil abriu mão de uma candidatura própria, que o senador Rodrigo Pacheco (PSD) está revendo sua posição e que "o próprio PSDB já tem feito sua escolha" – provavelmente referindo-se à aproximação de lideranças do ninho tucano, como José Aníbal e Tasso Jereissati, à candidatura da senadora.

"A minha candidatura está se tornando irreversível pelos fatos, porque os players com maior visibilidade e capacidade de aglutinar e de conseguir votos ficaram pelo meio do caminho", disse Tebet. "Hoje, sou a pré-candidata do maior partido do Brasil, com o menor índice de rejeição do centro democrático. Tenho dois ativos: a baixa rejeição e o fato de ser a única mulher em um eleitorado majoritariamente feminino".

Tebet também falou sobre a pré-candidatura de Sergio Moro (Podemos). Para ela, o ex-juiz da Lava Jato tem dois problemas. "Um é a pauta de combate à corrupção que é importante, mas ficou secundária em relação à economia, e ele tem a questão de que poderia representar o novo vindo de fora, mas esse novo vindo de fora já não deu certo, que foi o [presidente Jair] Bolsonaro". Diante disso, ela concluiu que o nome dela e o de João Doria (PSDB) são os únicos viáveis do que chama de "centro democrático", do qual o pré-candidato Ciro Gomes (PDT) não faz parte.

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A pré-candidata também afirmou que é a favor do teto de gastos e que vai propor uma reforma tributária no primeiro dia de governo, se for eleita. "Uma das premissas é tributar mais a renda do que o consumo. Eu não estou falando de criar imposto de grandes fortunas, que pode afastar o investidor. Estou falando de remodelar para fazer com que a grande parte dos impostos seja paga por quem pode pagar".