O Ministério da Justiça e Segurança Pública lança a partir desta segunda-feira (26) a Operação Eleições 2022 em todo o país. De acordo com a pasta, nos dias de votação as forças de segurança pública estarão presentes nas zonas eleitorais, locais de votação e de apuração dos votos, vias públicas e estações de transporte em apoio às ações da Justiça Eleitoral.
A ação conjunta durante o primeiro turno das eleições, no dia 2 de outubro, será acompanhada, em tempo real, por representantes do TSE, Polícias Civis e Militares, da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiro Militares, Ministério da Defesa, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além das Secretarias de Segurança Pública e Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
Segundo o governo, entre os impactos na segurança pública que poderão ser observados durante as eleições estão ações de orientação, apoio, prevenção e repressão de possíveis crimes eleitorais, como boca de urna, transporte ilegal de eleitores, compras de votos, manifestações violentas, bloqueio de vias, rixas, ameaças e atentados, temporais ou alagamentos e quedas de energias em locais de votação e de apuração dos votos.
Durante todo o dia serão divulgados indicadores gerados por estes possíveis impactos por meio de boletins informativos que serão divulgados, a partir das 9h, com periodicidade de três horas, por meio do site e das redes sociais do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os trabalhos serão monitorados pelo CICCN e pelos Centros Integrados de Comando e Controle Estadual (CICCE).
Segundo balanço divulgado pelo Ministério da Justiça, nas eleições municipais de 2020 foram presas 2,7 mil pessoas e apreendidos 35 menores de idade. A maior parte das ocorrências foi relacionada a apreensões de materiais de campanha. Do total de 94,3 mil ocorrências em todo o país, 93,7 mil foram de material de campanha, 394 apreensões de veículos e 111 de armas.
A segunda maior quantidade de ocorrências foi relacionada à desinformação com 8,9 mil casos, a maior parte de disparo em massa com 8,2 mil ocorrências. As demais foram de indicações de desinformação sobre o processo eleitoral, com 559, no total. Crimes eleitorais entre boca de urna, compra de votos, concentração de eleitores, transporte ilegal de eleitores e outros, somaram 4,6 mil ocorrências.
Já crimes comuns como ameaça, furto, homicídio, tentativa de homicídio, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo, roubo e vias de fato, tiveram 943 ocorrências. Com relação a incidentes de segurança pública e defesa social no entorno dos locais de votação, o total de ocorrências foi de 250. Houve atendimentos de urgência e emergência, bloqueios de vias, falta de energia elétrica, incêndios e manifestações. As ocorrências de crimes contra candidatos, entre ameaças, homicídio, tentativa de homicídio e lesão corporal, resultaram em 172 ocorrências.